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Asteroides, cometas e naves espaciais que chispam pelo Sistema Solar podem tirar proveito de “super-rodovias”, viajando muito mais rápido do que se acreditava ser possível.
Essas rotas podem conduzir cometas e asteroides próximos de Júpiter à distância de Netuno em menos de uma década, e a 100 unidades astronômicas em menos de um século – equivalente à distância entre a Terra e o Sol, uma unidade astronômica equivale a 149.597.870,7 km.
Mecanismos de movimentação que atuam ao longo de algumas poucas décadas são impressionantes, contrastando com as centenas de milhares ou milhões de anos que geralmente caracterizam a dinâmica do Sistema Solar.
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Em termos das órbitas dos cometas e asteroides, basta que calhe de o corpo celeste entrar numa dessas autoestradas de alta velocidade para que ele vá o interior ou para o exterior do sistema em um prazo muitíssimo mais curto do que seria previsível pelo cálculo tradicional das órbitas e suas ressonâncias.
E a melhor notícia parece ser que, se essas super-rodovias forem realmente confirmadas e puderem ser precisamente calculadas, elas poderão ser usadas para enviar espaçonaves aos confins do nosso sistema em prazos muito mais curtos, além de ajudar a monitorar objetos próximos à Terra que tenham risco de colidir com nosso planeta.
Natasha Todorovic e seus colegas do Observatório Astronômico de Belgrado e da Universidade do Arizona chamaram esta via que eles acabam de descobrir de “rodovia celestial”.
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