Sem sombra de dúvida, a Última Ceia mais famosa é a obra de Leonardo da Vinci, pintada em uma parede de um refeitório de convento em Milão, Itália.
Uma de suas obras-primas que inspirou muitos pintores de seu tempo e posteriores, e até hoje, tanto a sua Monalisa como a sua Ceia são replicadas e reproduzidas em versões de todos os tipos, incluindo versões digitalizadas.
A importância desta cena dentro dos evangelhos (e o capítulo 13 de João inicia uma série de textos que explicam a importância daquele momento, o momento em que a nova aliança entre Deus e a humanidade é firmada), é tamanha, que podemos dizer que a Igreja Transcendida de Cristo começa exatamente ali.
E a pintura de Leonardo da Vinci não seguiu outra parte nos evangelhos, senão que o capítulo 13 do Evangelho de João.
Por tudo isso, a Última Ceia se tornou um tema universal dentro da arte da pintura (e em alguns casos, esculturas em relevo nas catedrais).
Porque simboliza a célula da Igreja de Cristo, e a expansão 12 realizada pelos apóstolos em 144 mil no primeiro alcance de Egrégora (12 x 12.000 = 144.000)
Hoje, apresento a obra lindíssima de Pascal-Adolphe-Jean Dagnan-Bouveret (Paris, 7 de janeiro de 1852 – Quincey, 3 de julho de 1929) que foi um dos principais artistas franceses do academicismo.
Sua Última Ceia é de 1896, ou seja, quase 400 anos depois da Ultima Ceia de Leonardo, de 1498.
O que me encanta nesta tela é a sua poderosa luminosidade.
Cristo no centro, em pé, como um Sol iluminando os doze “signos” do Zodíaco (conforme a analogia proposta por Leonardo em sua pintura) e os apóstolos, sentados.
À sua direita está João Evangelista, o apóstolo mais íntimo, e a sua esquerda, Pedro, o apóstolo de maior responsabilidade, o líder do grupo.
Judas Iscariotes é o único que se move na direção oposta da luz de Cristo, está à direita, o terceiro apóstolo. Parece se levantar para cumprir sua traição anunciada à mesa, conforme João 13.
Jesus pousa a mão esquerda sobre o pão, e ergue o cálice da nova aliança com a mão direita, aliança de amor e sacrifício que seria partilhada com doze, para que gerasse o poder de abraçar todo o mundo com sua luz.
Não temos velas ou candeias sobre a mesa diante de Cristo, a luz que envolve a sala é a luz divina do Mestre, como que brotando do seu coração.
A mesa tem forma de U, ao invés da mesa comprida usada no tema de Da Vinci.
A atitude dos apóstolos, à exceção de Judas Iscariotes, é de contemplação em silêncio.
Esta é uma das Últimas Ceias preferidas.
JP em 23.03.2021
A Última Ceia de Cristo na arte universal
Uma das primeiras pinturas do tema
Este encontro dramático de Cristo com os doze apóstolos em sua última noite tem sido uma fonte de inspiração para as artes visuais. As primeiras pinturas de A Última Ceia eram bastante estáticas,
como pode ser visto nas obras de Duccio (1308-11)
Todas as figuras estão bem sentadas em suas cadeiras, apesar do fato de terem acabado de saber da traição de seu mestre que se aproxima.
Esta é uma das primeiras representações da Última Ceia em uma pintura.
Como o tema da Última Ceia sempre foi muito empregado na pintura ao longo dos séculos, ele serve até como termômetro da evolução da arte.
Nesta Ceia, João foi colocado corretamente, à esquerda de Jesus (o lugar mais íntimo, mais próximo do membro destacado na mesa) e à direita, Pedro (o lugar do líder ou do primeiro em comando, o braço direito).
A desolação de João é destacada conforme o capítulo 13 do mesmo evangelista, que relata que Jesus confessou aos seus ouvidos quem seria o seu traidor (Judas).
Desde Leonardo da Vinci e todo o seu código zodiacal exposto dentro deste tema cristão, a visão da Ultima Ceia mudou muito, contudo, nunca deixou de representar o que sempre foi: a célula da Nova Igreja de Cristo, forjada pela aliança renovada por ele entre Deus e o mundo pelo preço do seu sangue em ato de Amor incondicional.
Os perseguidores da fé cristã, insensíveis a esta verdade, a essência central daquela fé, procuram pelas vírgulas do texto para encontrar supostas contradições e destruir a imagem que tanto os incomoda.
Mas não vemos esses mesmos contestadores da fé cristã questionarem por exemplo, Buda, Maomé ou Krishna.
Será que eles mesmos nunca pararam para pensar no porquê disto, e que talvez sejam apenas marionetes manipulados por fios invisíveis de uma inteligência tenebrosa que, desde o nascimento de Cristo e a perseguição de Herodes, pretendeu destruir a Verdade encarnada chamada CRISTO, fazendo isso até os nossos dias de todas as formas?
Inteligência não é tudo.
Se a inteligência nao for iluminada pela Verdade, ela pode se tornar um refinado instrumento nas mãos do Inimigo da Verdade.
Basta estar com a consciência espiritual adormecida, que o Inimigo facilmente infiltrará ideias tenebrosas na mente de quem dorme, e o levará a fontes que alimentem essas mesmas ideias até que se tornem crenças negativas no seu arsenal intelectual de especulações.
Porque nunca pareceu tão fácil assim aos negacionistas de Cristo declararem CONCLUSÕES sobre um magnífico ser e a história mais contada de todos os tempos, com um tal poder de Verdade que dura firme e forte até os nossos dias, mesmo debaixo de todos os ataques da ciência moderna e do ateísmo militante contra uma Verdade libertadora que sempre os incomodou, aquela única verdade capaz de libertar o mundo …. deles mesmos.
E isso justifica tantos ataques.
A verdade nos chega como a luz de uma manhã ensolarada… para vê-la, você precisa acordar. Dormindo, só lhe resta especular e sonhar…