A formação de um novo continente é um processo lento que pode durar milhares de anos, nenhuma vida sobrevive para acompanhar completamente ou notar algo significativamente diferente.
Por este motivo, a noticia de uma grande fenda prestes a dividir o continente africano em dois provocou euforia na comunidade científica.
Segundo especialistas, isso ocorre porque se trata da formação de uma nova bacia oceânica.
Essas mudanças são uma espécie de ciclo natural da terra. Por esse motivo, algumas paisagens nunca são as mesmas ao longo da história, o que torna provável que seus tataranetos vejam uma perspectiva totalmente diferente da sua.
Uma equipe alemã revelou que a microplaca Victoria, que pertence a um grupo de placas africanas, pode mudar drásticamente, pois está se movendo em uma rotação no sentido anti-horário em relação à África, em contraste com as outras placas envolvidas, e isso fará com que o Grande Vale do Rift separe permanentemente o continente, causando primeiro uma fratura.
O Grande Vale do Rift se estende por cerca de 4 mil quilômetros em todo o território do continente africano. Seu início está localizado na parte oriental da África e segue para o sul pela Etiópia, Quênia, Uganda, Ruanda, Burundi, Zâmbia, Malauí, Moçambique e Tanzânia.
A descoberta foi revelada pela equipe da Nature Communications, de acordo com a pesquisa, o “Rift” fará com que as placas africanas se separem em duas, e como consequência, duas novas placas serão formadas: a núbia e a somali. De acordo com a pesquisa, essa separação está causando o surgimento de uma grande fenda no sudoeste do Quênia.
Estudos indicam que essas mudanças se iniciou há cerca de 25 milhões de anos. A fenda cresce aproximadamente 7 milímetros por ano, então o processo de separação total do continente africano ocorrerá nos próximos 10 milhões de anos, gerando uma nova ilha com os restos da Etiópia, Somália e Quênia.