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A beleza da morte

Eu vejo beleza na morte… porque sem a morte, a vida não se refaria totalmente melhor. A morte é a depuradora da vida. A morte é a selecionadora do grão, é a professora que corrige as provas da alma, a morte e o tempo são gêmeos… sem a morte da semente, voce não veria a beleza da flor, e sem a morte da flor, você não degustaria a doçura do fruto, e sem a morte do fruto, você não teria nenhuma outra árvore a renascer das sementes daquele fruto que morreu.

Vê como a morte é linda?

Sem a morte das folhas no inverno, ninguém saudaria as flores da primavera seguinte…

Sem a morte, estaria fechada, definitivamente, a única porta que garante a renovação das coisas. Nascer e Morrer estão nas extremidades de um mesmo fio chamado VIDA, e que se estende por tempos e espaços imensuráveis dentro da Criação atravessando duas portas, sempre, a porta de entrada e a porta de saída chamadas nascimento e morte.
Até os imortais experimentam a porta da morte numa espécie de transformação ou alquimia contínua de seus veículos que não conhece mais ou mesmo transcende a mera defunção orgânica, sina dos seres caídos e ainda atados ao desejo que acorrenta suas almas na matéria cíclica da natureza inferior…

Se voce fechar uma destas portas, como poderia o fio da Vida fluir livremente em sua evolução rumo ao infinito?
Dizem que o mais belo dos Anjos é o Anjo da Morte, porque é ele que conhece todos os segredos da criação, e é tão sábio e tão alto que se escondeu em tenebrosa face para testar todos os nossos conceitos sobre beleza…. afinal, beleza nunca foi e nunca será somente o que os olhos vêem… longe a beleza real está de ser isto.

Só não existe beleza na ignorância… na verdade, ela é a culpada por deformar a Beleza real das coisas…
a abordagem da morte sempre foi repleta de sabedoria e profundidade da parte da sabedoria antiga… mas a atual sociedade materialista consumista deformou muito essa singular passagem do espírito, tornando-a carregada de superstição e medo, e pior, rendendo culto ao terror e ao horror, explorando de forma desprezível o fenômeno natural da morte em toda essa cultura sangrenta dos filmes, games e similares.
Esse tipo de ignorância é o verdadeiro horror dos nossos tempos…

Mas como sempre, aparece aquele do contra, que contestou minha postagem sobre a Beleza da Morte (nas culturas não-materialistas) com a seguinte colocação:

“A curiosidade congênita ou a fé, são as únicas coisas que dão forma à beleza da morte. A fé por sua vez é capaz de ofuscar ou ignorar os questionamentos mais profundos sobre ela. É fato que interrompe o sofrimento do corpo, mas morrer dói. Para um filhote que é estraçalhado por um predador, onde estaria a beleza da morte? Para o expectador de cena tão grotesca, onde estaria essa beleza?”


Diga isso a uma pessoa em estágio terminal de Câncer. A morte é o alívio. A liberdade, o acesso ao NOVO que precisa descartar o velho. Maldição seria se a pessoa num estado destes fosse obrigada a ficar para sempre dentro da carcaça física doente e dolorida! Mas na hora certa do tempo e do karma, quando as forças do corpo em resistir se esgotam, o fio da vida é cortado da carcaça e vem uma sensação maravilhosa de alívio. E aquela alma seguirá sua escola em outras estâncias da matéria, reconectada em novas formas conforme seu karma pessoal.
Isso é sabedoria do espírito invisível atuando na matéria visível.

Nunca nos foi ensinado que estamos aqui para viver eternamente na matéria. Isso aqui é uma escola temporária, mas a filosofia materialista interpreta a matéria como realidade, e o espírito como fantasia.
E como sempre, inverte e perverte o sentido de tudo.

Mas de novo, para a cultura materialista devotada ao prazer e somente ao prazer, a dor é vista negativamente. Lembre-se: a dor é a mesma para todos, mas o sofrimento é o que varia de pessoa para pessoa. A Lei da natureza é bela em todos os sentidos, até na relação presa-predador. O que está em jogo é a roda evolucionária da alma encarnada. Mas você está considerando, como todo mundo, apenas a casca do processo, a sua parte física, ignorando o que realmente faz articular o jogo evolucionário da alma coletiva encarnada. Muito belo sim, para pessoas que olham além da matéria e do prazer, fazendo da vida algo muito maior do que ela realmente é no seu contexto espiritual.

Justamente por estar tão cega em relação aos processos espirituais que se articulam ocultamente no jogo do nascer e do morrer, é que a humanidade materialista 3D julga tudo de forma deturpada. Bom é só o prazer físico, e a dor é má.

Mas um exemplo de como a dor pode ser boa?

Uma pessoa que sofre de insensibilidade congênita à dor pode morrer rapidamente por que sintomas de doenças e outros disturbios orgânicos não serão detectados pelos sentidos nervosos, e tal pessoa, quando for diagnosticada, pode estar num quadro grave e irreversível. A dor, física ou moral, é uma espécie de mensageira que tenta nos avisar onde existem erros, falhas, problemas, doenças. Ela é inerente á própria existência, tanto física quanto moral.

Sabe o que é um horror mesmo, amigo?

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Isso aqui, matar sem necessidade nenhuma, só para ostentar um troféu asqueroso na parede.
A natureza é sempre bela, horríveis são os humanos e suas filosofias materialistas da vida e suas luxúrias, taras e esportes mortais. Tudo o que Deus fez é perfeito. Horrível é o ser humano, e cada vez pior, destruindo tudo o que Deus criou de belo e perfeito em nome de ganância, dinheiro e dinheiro!

The Trophy hunting elk head. The head of an elk with horns on the wall.

Sim, a cabeça de um animal morto na parede como troféu de caça e matança sem qualquer necessidade além da cobiça sanguinária do humano, isso sim é o mais grotesco para mim.
A marca de uma decadência total.

Ando farto de filósofos da matéria se achando a altura de julgar a Criação perfeita do Pai.

Para ver beleza onde geralmente não vemos, precisamos de novos olhos.
Porque a beleza da Criação sempre vai estar lá, mas nós nem sempre conseguimos enxergá-la…
Morte, como Deus, Amor, Vida, Universo, etc, são objetos que estão muito acima e além dos conceitos racionais que se têm feito deles. Raramente o conceito equivale a realidade nestes casos.
Porque limitados são os nossos sentidos diante de coisas ilimitadas em sua essência…

JP em 19.09.2020

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