Xiva, Siva ou Civa (grafado Shiva em várias línguas europeias) é um dos principais deuses do hinduísmo, que juntamente com Brama e Vixnu forma a trimúrti, a trindade divina hindu. É chamado de “o Destruidor”‘ (ou “o Transformador”) e é conhecido como o auspicioso, o propício, amável, o benigno e o benevolente.
Uma das duas principais linhas gerais do hinduísmo é chamada de xivaísmo, em referência ao deus.
Significados
Na tradição hindu, Xiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de “renovador” ou “transformador”. As primeiras representações surgiram no período Neolítico (em torno de 4 000 a.C.) na forma de Pashupati, o “Senhor dos Animais”. A criação do ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.
Xiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante (Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo ou Shambhu).
O trishula
O tridente que aparece nas ilustrações de Xiva é o trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).
A serpente
A naja é a mais mortal das serpentes. Usar uma serpente em volta da cintura e do pescoço simboliza que Xiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do ioga, ela também representa kundalini, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando despertamos essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo um estado de hiperconsciência (samádhi), um estado de consciência expandida.
Damaru
O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo. No hinduísmo, o universo brota da sílaba /ôm/. É interessante comparar essa afirmação com a conhecido prólogo do Evangelho de São João: “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era Deus. (…) Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez.”
É com o som do damaru que Xiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante, para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.
Fogo
Xiva está intimamente associado ao fogo, pois esse elemento representa a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma, a água evapora-se, os corpos cremados transformam-se em cinzas. Assim, Xiva convida-nos a transformarmo-nos através do fogo do ioga. O calor físico e psíquico que essa prática produz auxilia-nos a transcender os nossos próprios limites.
Nataraja
Neste aspecto, Xiva aparece como o rei (raja) da dança (nata). Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança, Nataraja cria, conserva e destrói o universo. Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Xiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo pois sabe que ela não é permanente. Como um iogue, ele se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene.
Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras duas mãos, encontram-se em gestos específicos. A direita, cuja palma está a mostra, representa um gesto de proteção e bênçãos (abhaya mudrá). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.
Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado. A imagem toda nos diz: “Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e seja como o Sr Xiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ájña Chakra).”
WIKIPÉDIA
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O caráter e atributos do deus Shiva hindu espelham os mesmos elementos do Espírito Santo bíblico, divindade “terceirizada”, digamos assim, cujo papel é receber da Fonte primordial da Criação (o Som) todos os elementos para cumprir a sua função de agente transformador, reciclando todas as coisas que o Som, fonte original, criou e sustenta. Shiva assim inventa a dança do tempo… (ciclos).
O Fogo, agente supremo de Shiva, corresponde ao mesmo fogo relacionado ás ações do Espírito Santo, e este fogo é o símbolo das vibrações transformadoras. O que agita as partículas da chama? Calor… e o que é calor? Partículas vibrando de forma mais acelerada que nos líquidos, nos sólidos e mesmo nos gases. O fogo transformador de Shiva, portanto, são vibrações. O Som é vibração. A Palavra é vibração consciente, que pode criar, que pode destruir…
Esses modelos do mito foram os motivos que inspiraram os idealizadores do LHC (o Colisor de Partículas) a erigirem uma grande estátua de Shiva Nataraja na entrada das instalações.
Porque os físicos já entenderam que a chave do Universo está no conhecimento das vibrações específicas da matéria, de cada espécie de matéria em seu correspondente nível de energia, e que, acelerando tais níveis de energia, a matéria muda, muda de comportamento, muda até de dimensão, cruzando portais…
Não só a Quarta, mas todas as dimensões se ABREM aos pés de Shiva em sua Dança da Criação e da Destruição, porque o Senhor Shiva é o Mesmo Espírito Santo bíblico, é o mesmo Ruach Elohim, soprando o Universo de sua Boca ao som de canções inaudíveis aos nossos ouvidos…
O maior poder da Criação é o Som, maior que o fogo, que o calor, que a eletricidade… maior que a própria Gravidade… porque a Vibração é matriz de tudo isso. É a raiz da própria energia, donde sai todo o resto. E este SOM de Deus é carregado de consciência, de inteligência, de vida, de poder, propósito e amor… fazer esse SOM vibrar e reverberar continuamente em todas as partes do nosso Ser é o único caminho que existe para a reintegração cósmica.
E quando Jesus disse que sua Verdade era o caminho da vida, quis dizer que sua Verdade é o Verbo, a imagem e semelhança de Deus, cuja proposta é a de nos invadir, seres pequenos, limitados e mortais, para nos tornar grandes e cósmicos, reintegrados à malha universal musical vibrante, grade harmônica dos espíritos e Música das Esferas roladas pelos Anjos nos espaços transfinitos da Criação.
Com toda certeza, os dois Querubins da Arca e do Templo de Salomão carregam o mesmo mistério das parelhas animais que entraram no Barco de Noé, porque estes sons se polarizam em almas gêmeas, em notas combinadas dum refinamento preciso e perfeito sob as leis da Balança… cujo fiel é o AMOR.
Que Shiva Nataraja, o Rei da Criação, dance, dance e cante em nosso Templo-Coração, para que todas as portas do Universo se nos abram, e a Luz além de todos os véus caídos seja então vista por nossos olhos renascidos neste raro batismo chamado ILUMINAÇÃO DO DESPERTAR…
DANCE SHIVA, DANCE!
Compreender a dança de Shiva é o primeiro passo para se vislumbrar o Cosmos como ele realmente é, porque as figuras míticas nada mais são do que arquétipos da sabedoria antiga codificando todos os mistérios do Universo sussurrados aos sábios, aos sacerdotes e aos espíritos meditativos e contemplativos, de ouvidos e olhos abertos, e alma nua, pelos deuses que lhes visitaram no passado, e hoje se calaram a espera do nosso despertar, depois que a febre tecnológica passar… porque a artificialidade da tecnologia vai até um ponto, até um limite, limite marcado sob os pés de Shiva, que é Espírito e não pode ser recriado por aparelhos, visto que é parte de Deus, e é Deus.
Por falar em tecnologia…
E quanto ao deus Shiva do LHC?
Veja aqui:
JP em 01.05.2019