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Apagão cibernético global : o que se sabe até agora sobre a falha global de TI
Uma falha de software causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo nesta sexta-feira, suspendendo voos, afetando serviços bancários e até tirando emissoras de TV do ar
Uma falha de software causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo nesta sexta-feira, suspendendo voos, afetando serviços bancários e até tirando emissoras de TV do ar.
A atualização de um produto da empresa de segurança cibernética CrowdStrike está sendo apontada como o gatilho, afetando clientes que usam o sistema operacional Windows, da Microsoft. A Microsoft disse que o problema já foi corrigido.
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, afirmou que a empresa estava “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows” e que uma correção estava sendo implantada. “Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, disse Kurtz.
O que causou a falha?
Os problemas foram causados por um “defeito” em uma “atualização de conteúdo” para o Windows, disse o CEO da Crowdstrike, George Kurtz. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada”, disse.
Kurtz disse que os problemas não afetaram outros sistemas operacionais, acrescentando: “Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”.
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As ações da Crowdstrike caíram até 21% nas negociações pré-mercado. A Microsoft também sofreu perdas, assim como as ações de empresas ligadas a viagens e lazer, à medida que os investidores avaliavam a possível interrupção para os turistas.
Qual é a solução?
Dispositivos pessoais, como seu notebook particular ou celular, provavelmente não foram afetados, já que a falha está impactando principalmente empresas.
A Microsoft está aconselhando os clientes a tentarem o velho método de desligar e ligar novamente seu aparelho.
A empresa também está orientando os clientes a excluírem um arquivo específico, mas essa correção é destinada a especialistas e profissionais de TI, e não a usuários comuns.
O que é a Crowdstrike?
A Crowdstrike, sediada em Austin, no estado americano do Texas, é uma empresa listada tanto no S&P 500 quanto no Nasdaq. Ela foi fundada há 13 anos e hoje emprega quase 8.500 pessoas.
A empresa de segurança cibernética tem, entre seus principais produtos, uma plataforma chamada CrowdStrike Falcon.
Desde 2011, o Falcon está presente nos sistemas de governos e grandes corporações, como bancos globais, empresas de saúde e energia, dentre outras.
Por estar presente na Microsoft, um dos principais impactos sofridos foi justamente em dispositivos que operam com Windows ao redor do mundo.
A CrowdStrike também se tornou famosa para o grande público por investigações de ataques de grandes hackers, como a invasão do sistema de computadores da Sony Pictures em 2014.
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Aeroportos no Brasil foram afetados?
Os problemas foram sentidos com mais intensidade na indústria de viagens aéreas. Ao redor do mundo são mais de 2,3 mil voos cancelados e quase 24 mil voos com atrasos diante das falhas de TI, segundo o FlightAware, plataforma que monitora a situação global do transporte aéreo de pessoas
No Brasil, empresas aéreas locais pediram que os passageiros verifiquem o andamento de seus voos nesta sexta-feira.
Gol e Latam informam que não sofreram impacto da pane. A Azul disse que pode haver atrasos pontuais, e o aeroporto de Viracopos, em São Paulo, disse que o apagão prejudicou voos da companhia no terminal.
Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que “monitora a situação e está em contato com os operadores aéreos e aeroportuários para avaliar e minimizar eventuais impactos no setor aéreo”.
Em suas redes sociais, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que monitora as operações no Brasil ao lado da Anac.
Os bancos brasileiros foram afetados?
A maior parte das instituições financeiras afetadas pela pane cibernética global desta sexta-feira já normalizou seus serviços, disse a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo a entidade, alguns sistemas de bancos brasileiros foram atingidos “em diferentes escalas” pela falha, “mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”.
“A maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços e as demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente”, afirmou a Febraban.
Os primeiros relatos de problemas surgiram pouco depois das 8h, com o site DownDetector reportando problemas de acesso a serviços dos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Neon, Next e Banco Pan.
O Banco Central informou que todos os seus sistemas estão “funcionando normalmente”.
A B3 também informou que nenhum de seus serviços e plataformas de operação foram afetados pela falha técnica.