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Quinta-Feira Santa, o início da Igreja

Quinta-Feira Santa, o início da Igreja

E em três dias, como o próprio Jesus Cristo anunciou abertamente, tudo estaria consumado, e o templo seria derrubado e, em três dias, restaurado – o que na época ninguém entendeu, somente depois.

O drama de Cristo começa no domingo de ramos porque, enquanto o povo da cidade sagrada de Jerusalém o recebia como rei, ele já sabia o que lhe esperava no “fim de semana” a seguir…

Na noite de quinta feira, quando reuniu os apóstolos para a Última Ceia, o que Cristo realmente fez ali foi iniciar a sua Igreja, na celebração do Pacto, como ele mesmo declara:

“Da mesma forma, depois de ter comido o pão, ele pegou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado em favor de vocês.”
Lucas 22: 20

O ato da Última Ceia inicia a Igreja na liderança de doze homens, os futuros embaixadores da nova fé cristã. Se diz que Jesus partilhou mesmo seu sangue com eles naquelas taças de vinho.

E que o pão repartido representaria a sua carne dada ao mundo para renovação de toda a vida na Terra.

Essa ilustração se repete no Apocalipse, quando do retorno da cidade sagrada de Jerusalém celeste para a Terra sendo reformada, porque ela terá doze portas com doze anjos, e seus muros com doze fundamentos onde se escreve o nome dos doze apóstolos.

Essa é a Igreja, é o Reino futuro da Terra, cuja primeira pedra foi lançada no pacto da Última Ceia.

“E vos afirmo que, de agora em diante, não mais tomarei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o novo vinho, convosco, no Reino de meu Pai”.
Mateus 26: 29

O retorno da Igreja de Cristo começa com a reunião daqueles doze apóstolos que pactuaram com ele naquela noite sagrada, véspera do sacrifício do Cordeiro de Deus.

Um pacto que celebrou uma egrégora em expansão que não terminou mais, e nos alcança em nossos dias, dias que marcam o retorno da Sua Igreja num tempo em que as trevas avançam – como se pudessem detê-la.

As missas dominicais procuram manter vivo esse pacto, embora tenham perdido muito de sua qualidade espiritual em função da evolução do pensamento moderno, que se esqueceu que não basta engolir uma hóstia para se estar comprometido com a Verdade de Cristo.

Há todo um conjunto de disciplinas cristãs que, se não forem cumpridas a risca, conforme os evangelhos, transformam a hóstia num pedaço de pão comum, e até a missa num ritual sem valor.

Como o Batismo, nascer de novo nunca foi apenas molhar a cabeça de uma criança e lhe dar um nome. É muito mais do que isso.

Infelizmente, temos visto a cultura moderna deturpar tudo e nada podemos fazer a respeito, senão que tentarmos viver a sua Verdade da melhor forma possível.

A conversão do coração, da maldade para a bondade, expressa na sinceridade das boas ações pelo semelhante, é o que realmente demonstra na Balança dos Juízos do Pai que realmente nascemos de novo e somos parte dessa Igreja que, como o Reino, nunca foram deste mundo.

JP em 28.03.2024

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