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A geração vitoriosa do Apocalipse – os 144 mil

A geração vitoriosa do Apocalipse – os 144 mil

Tudo começa na queda do Éden e da sentença que o Senhor IHVH Adonai declarou à serpente, entidade diabólica que se infiltrou entre o casal original, lhes induzindo ao pecado original:

“Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Gênesis 3:14,15

(*e de forma surpreendente, estamos diante dos cinco primeiros dígitos do número PI nesta referência do Gênesis, 3,1415)

O calcanhar exposto à picada das cobras representa aqui a fraqueza humana herdada desde a queda de Adão e Eva, obviamente, a fraqueza sexual, que o Mal continua manipulando na mente humana para exercer controle.

O fruto proibido era o sexo (era proibido para a casta dos Anjos, e muitos deles caíram do céu após ter contato físico com mulheres, conforme o Gênesis 6, comprovando então essa relação – porque muitos teóricos da letra morta vão ao pé da letra nesta e noutras passagens, julgando que o fruto proibido era realmente um fruto qualquer de uma árvore, que a tradição popularizou no formato de uma maçã).

A inimizade entre a cobra e a mulher foi estabelecida, e desde então, um grande número de mulheres realmente têm pavor de serpentes, algo que vem de uma leitura do subconsciente nas raízes desse passado reptiliano associado à queda).

E ali, duas castas foram geradas: a casta dos anjos, que pisariam a cabeça da serpente, e a casta dos demônios (e da humanidade espiritualmente fraca em geral), vitimados pelo veneno da serpente.

E quando a Virgem Maria concebeu Jesus Cristo através de um poder superior que só poderia visitá-la num estado de elevada castidade (o Espírito Santo), ela começou a pisar na cabeça de Satanás, porque Jesus Cristo foi o primeiro representante da casta dos anjos, casta essa que ele veio resgatar na Terra.

Através de Jesus Cristo e dos 144 mil que ele reuniria em Terra, almas a ele semelhantes em castidade e poder, a vitória da mulher se estenderia ao mundo.

Todo o resto, aquela humanidade caída, tem a mesma fraqueza sexual em comum, em diferentes níveis e graus, e quando um corpo é vítima de concupiscência, a energia espiritual fica paralisada, sem ter como avançar ou evoluir.

Essa é a base da regra hermética que lida com os processos de transmutação vital abrindo caminho para os poderes da mente, ampliando assim os veículos da consciência desperta, aquela consciência que almeja o estado angelical perdido.

Um corpo dominado por corrupção sexual se torna incompatível com o desenvolvimento da espiritualidade.

Vício e virtude não podem coexistir no mesmo corpo e na mesma mente, e a maior armadilha do Inimigo Secreto da humanidade foi dissociar a espiritualidade dos caminhos da sexualidade casta.

Esta fraqueza sexual e, por efeito, todas as demais fraquezas da alma humana, é que alimentam o eixo da roda reencarnatória e do karma da reencarnação, já que o salário do pecado é a morte. Renascer milhares de vezes num mesmo planeta e se fazer submetido às mesmas dores, tirania dos poderosos, sofrimentos, prisão e morte no final, não me parece um prêmio, afinal.
Mas um castigo.

Nada mais fácil de controlar do que uma alma prisioneira das próprias tentações carnais. O Mal invisível e sem nome controla mentes no mundo inteiro a partir dessa herança de Adão e Eva (que só pode ser removida pela intercessão do Messias, já que o ser humano comum sozinho não costuma alcançar forças para isso).

Basta ler o que se diz a respeito dos 144 mil escolhidos, não dá margem à interpretações distorcidas que procuram furtar-se da própria fraqueza carnal não assumida.

“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.
E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.
E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.
E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.
Apocalipse 14:1-5

A geração caída (filhos de Eva) continua comendo os frutos da árvore da ciência em pleno estado de fraqueza espiritual associada com um espirito de rebelião induzido por anjos caídos (demônios), enquanto a casta superior, geração dos filhos de Maria, esta vêm esmagando a cabeça de Satanás sob seus pés em cada uma de suas vitórias conquistadas contra as tentações pessoais.

(A referência às mulheres não significa que temos apenas homens entre os 144 mil, trata-se de uma tradição cultural que se liga à queda dos anjos, quando eles tiveram contato físico com mulheres humanas, conforme o Gênesis 6.

Como Eva foi a protagonista da queda, então esse conceito da mulher como tentadora sexual permaneceu ao longo de muitos capítulos da Escritura – até porque o homem é muito mais fraco sexualmente falando do que a mulher, quando então a mulher usa essa fraqueza masculina como arma a seu favor).

São conceitos associados aos traços culturais daquelas linhas religiosas e que não devem ser interpretados literalmente ou genericamente, portanto.

E como a mulher assumiu maior culpa na queda (Eva), ela voltou para assumir maior glória na redenção (Maria, mãe de Jesus Cristo).

Portanto, a maior culpa foi compensada pela castidade vitoriosa de Maria, castidade que abriu caminho para que Jesus Cristo redimisse a casta dos anjos na Terra, muitos deles caídos e esquecidos da própria condição ancestral, andando como seres humanos comuns vitimados por um karma que, para eles, sempre foi mais pesado.

Mas não mais.

JP em 28.01.2024

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