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Nascimento, morte e ressurreição no Corpo de Cristo

Ou Igreja, porque o nome Igreja nunca se referiu a um edifício ou templo material, mas a uma assembleia de consciências alinhadas e somadas em seu alinhamento num poder superior.

O poder tão explorado atualmente, de forma material, comercial e espiritual.

O poder da Egrégora mental, a base para a geração de um corpo coletivo ou unidade material múltipla integrada.
A natureza em sua forma material é um belo exemplo de pura egrégora mental integrada em todas as manifestações vivas dentro de sistemas complexos chamados de ecossistemas.

O mundo espiritual é um METASISTEMA.
Ou sistema além, que transcende os meros sistemas da vida material (a fonte e matriz de todos eles).

Tradicionalmente, e mesmo que a pessoa nunca tenha sido cristã em vida, mesmo que tenha sido um ateu materialista, sua lápide constará de duas datas simbolizadas por ícones da cristandade:

Nascimento, representado pela estrela de cinco pontas, referência ao nascimento de Cristo sinalizado pela Estrela de Belém.
Morte, representada pela cruz de Nosso Senhor.

Porém, para uma minoria de seletos ditosos, deveria aparecer um terceiro símbolo na lápide:

Ressurreição, representada pela Estrela de Seis pontas.
Por que?

Porque a Estrela de seis pontas, chamada Macrocósmica, abraça toda a geometria do Universo, sendo ela a sua matriz geométrica, onde todas as formas, forças e vidas surgem e são mesmo projetadas antes de assumirem vida e consciência na evolução espiral que se segue.

E como sempre publico por aqui, a vida verdadeira é coletiva.
Não individual, a partir da própria realidade do nosso corpo melhorar.

Assim, a alma que nasceu no dia X e morreu no dia Y, se tiver cumprido os requisitos de uma vida cristã legítima, será chamada ao renascimento sob a marca da Estrela de seis pontas, porque sua alma já não pertence mais a si própria, senão que é posse divina, e quando ela retornar à Igreja de Cristo, Eclésia, Assembleia ou Fraternidade da Luz, ela receberá vida nova.

Porque o corpo de Cristo é isso na imagem da Igreja, é uma espécie de vida partilhada, aquela mesma vida e consciência que Cristo partilhou com seus discípulos na Última Ceia, e desejou partilhar com o mundo inteiro.

Infelizmente, pouquíssimas lápides deste mundo receberão a estrela de seis pontas na terceira marca, que é quando o nascimento e a morte de Cristo encontram o seu maior significado e propósito.

Não por vontade de Cristo, que desejou marcar todas as almas dessa maneira, convidadas à ressurreição, mas por escolha delas mesmas, que preferiram amar e servir a tudo e a todos nessa vida, menos o Senhor do Amor com poder pleno sobre suas vidas e suas almas.

O que me soa muito estranho de se avaliar nessa humanidade.
Enfim, escolhas são algo que o próprio Deus respeita.

A propósito, ressurreição é diferente de renascimento no sentido de reencarnação.

Reencarnação é o comum da lei do retorno e do karma, todos vão reencarnar e continuar sua prisão na Roda do Samsara, renascendo sob sofrimentos cada vez mais pesados neste vale do Samsara.

Ressuscitar é quebrar definitivamente o eixo desta roda chamada tempo, que só traz repetição de erros e de dor.

Os que ressuscitam em Cristo não voltam mais para este mundo, mas seguem subindo com ele naquelas muitas moradas do céu… quem poderia imaginar gozo maior e felicidade maior do que esta?

Apenas aqueles que amaram a causa da Cruz até o fim, ao ponto de entregarem suas vidas a ela, para depois, retomá-las para sempre…

A propósito, para a integral compreensão do significado de Vida Coletiva envolvida no processo da Ressurreição (voltar a ser parte do Corpo de Cristo, Cristo como Existência Impessoal, fonte da vida e da consciência) sugiro a leitura do capítulo 15 de João na íntegra.

Está tudo lá e sempre esteve, vida e sangue fluindo no mesmo corpo, entre todas as células dessa Família original reunida novamente.

O sangue vital que circula nessa família se chama
AMOR INCONDICIONAL.

Corações sem amor ficam impossibilitados de tomar parte de tudo isso, voltando para a sepultura, e depois para o pó, e depois para a roda, e depois para a mesma sepultura e o mesmo pó pela duração das eras enquanto persistirem os mesmos erros…

https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/15

JP em 28.01.2023

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