Esse protótipo consegue projetar na mão a interface do dispositivo. Mesmo existindo desde 2022, esse “novo celular” só foi mostrado agora.
Hoje em dia, é quase impossível não andarmos sempre com nosso celular. A sensação de sair de casa sem ele é a mesma que estar sem roupa. E com o passar do tempo, os celulares foram ficando cada vez mais modernos e sendo capazes de fazer praticamente tudo. Por isso que a vida das pessoas muitas vezes está dentro do aparelho.
Dentre os celulares mais cobiçados, com certeza o iPhone figura nessa lista. Contudo, até mesmo o tão desejado celular pode estar com seus dias contados, visto que a startup Humane, fundada por ex-funcionários da Apple, quer mudar esse mercado. A empresa criou um dispositivo pequeno baseado em inteligência artificial que tem câmera, alto-falantes, sensores e o mais impressionante de tudo é que ele tem um projetor que exibe as imagens na palma da mão dos usuários.
Embora esse projeto já exista desde 2022, a startup só fez a primeira demonstração pública dele nesse ano. Recentemente, partes dessa apresentação começaram a viralizar nas redes socais. Um deles mostra Imran Chaudhri, o presidente da Humane, recebendo uma ligação e ele levantando mão e o wearable projetando a imagem com os ícones das chamadas para que ele possa atendê-la ou recusá-la.
Novo dispositivo
O diferencial desse modelo com relação aos smartwatches é que ele consegue operar por conta própria, o que significa que ele não precisa ser pareado com um smartphone.
Na apresentação do produto, o presidente da empresa disse uma frase e o dispositivo conseguiu imitar com fidelidade a voz do homem através do clone de voz gerado pela inteligência artificial.
Outro ponto visto na apresentação foi Chaudhri pegando uma barra de chocolate, apontando para o dispositivo, e depois de pressionar um botão perguntando se ele pode comê-la. O aparelho então recomenda que ele não a coma porque o homem tem alergia a um dos ingredientes presentes na barra.
Outras funcionalidades que o dispositivo mostrou foi dando recomendações de onde comprar presentes e lendo resumo de e-mails e eventos do calendário. Na apresentação, a Humane não disse se o wearable deles conta com aplicativos de terceiros, ou como fará com que os desenvolvedores criem apps para o seu dispositivo.
Dúvidas
Embora a demonstração desse dispositivo tenha sido totalmente futurística, algumas dúvidas surgiram. A principal delas foi com relação à privacidade. Até porque ele é um aparelho que fica no bolso da camisa do usuário e é equipado com uma câmera que vê tudo à sua volta.
Além disso, também não ficou claro o suficiente como o presidente da empresa atendeu a chamada. Isso porque, para que outras funções fossem selecionadas, ele apertou botões no dispositivo, e no caso da chamada, como a interface foi projetada, o que ficou subentendido foi que ele poderia tocar no ícone que quisesse na palma da sua mão.
Com relação a essa projeção, a Humane não disse a intensidade, eficiência e luminosidade dela. E pontos como, a distância mínima ou máxima, ou como a mão do usuário deve ser posicionada também não foram ditos.
Como esse dispositivo é um protótipo, não existe a certeza de que ele irá realmente chegar ao público. E se ele chegar a ser comercializado, existe a possibilidade de que seu funcionamento seja bem diferente do apresentado.
Celular
Mesmo que esse protótipo em específico não chegue as prateleiras, isso não quer dizer que o mercado está sem nenhuma inovação e que modelos não tenham espaço para crescer. Segundo os relatórios da Canalys, uma agência de pesquisas, o mercado de celulares dobráveis tem bastante espaço para crescer.
De acordo com os dados mais recentes, esse crescimento pode ser de até 111% nesse ano quando comparado com 2022. Quem lidera e impulsiona esse mercado é a Samsung, mas também está vindo uma grande avalanche de modelos chineses que foram apresentados no começo de 2023.
Então, se essas previsões estiverem certas, o número de celulares dobráveis que serão vendidos esse ano pode chegar a 30 milhões. Esse crescimento seria extremamente relevante, já que em 2022 aconteceu um aumento de 59% em relação a 2021. Com isso, no mundo todo foram vendidos 14 milhões de dispositivos dobráveis.
Esses números mostram que esse tipo de celular representa cerca de 37% dos Androids que são vendidos na faixa dos mil dólares ou acima desse preço. Contudo, eles ainda são considerados um produto nichado, representando 1% das vendas totais de smartphones.
Como já era de se esperar, a Samsung é a líder dentre as marcas que vendem esse tipo de smartphone. Ao todo, a empresa vendeu quase 12 milhões de celulares dobráveis. Esse número foi cinco vezes maior do que a segunda colocada, a Huawei. Além dessas duas marcas, o ranking é composto por OPPO, Vivo Mobile, Xiaomi e Honor.
Segundo as expectativas dos analistas, esse ano o que se espera é que mais empresas entrem nessa disputa. Por conta disso é de se esperar que as empresas apresentem mais inovações para seus smartphones, principalmente com relação à sua construção e otimização de software.
Outro ponto esperado é que as marcas chinesas tenham mais unidades disponíveis para o mercado internacional. Isso é realmente uma tendência que, segundo rumores, o Xiaomi Mix Fold 3 deve ser o primeiro modelo a ter uma versão global.
Fonte: Tech tudo,Canaltech
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E cada vez mais, as profecias que associam a mão com chips e comandos tecnológicos de controle da humanidade vão tomando forma diante dos nossos olhos.
JP em 17.05.2023