Como sempre tenho feito, e cada vez mais, em orações e práticas direcionadas em meditação interior, pedindo que tudo seja revelado pela Verdade daquele que já está entre nós.
E ontem, pensei muito no destino dos escolhidos, daquele trigo sendo separado do joio para a colheita, sabendo que os primeiros foram os “mortos em Cristo” e não estão mais aqui (conforme Paulo, os mortos subiriam primeiro).
Onde estariam?
E como estariam?
Então, vieram as visões nas amplas e nítidas telas do sonho astral:
“Primeiro, estava num mercado aberto onde se vendiam peixes e pescado para consumo. Eu mesmo estava lá para comprar, e vi muitos belos peixes, rosados, vitaminados, e um vendedor entre eles se destacava, oferecendo o pescado às pessoas.
Depois, me pareceu encontrar o mesmo vendedor de pescado, mas desta vez, na forma de um jardineiro. Eu entrei numa espécie de estufa que ele cuidava, e em vez de diversidade de plantas, eu vi apenas uma espécie, em muitos vasos e espaços do lugar, de variados tamanhos, porém, todas elas, com abundantes flores.
Eram lindas e enormes magnólias brancas, e o detalhe que mais me chamou a atenção: todas as suas folhas eram de uma cor vermelho-sangue (ao invés de verde), que davam um lindo contraste com aquelas virginais flores brancas, pendendo dos vasos.”
Interpretações
O Peixe é um conhecido e antigo símbolo cristão, muito usado pelos primeiros cristãos como sinal de identificação.
Ele aparece como o primeiro alimento que Jesus solicitou aos apóstolos DEPOIS da sua RESSURREIÇÃO:
“E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus.
Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não.
E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.”
João 21:4-6
“Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes.
Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor.
Chegou, pois, Jesus, e tomou o pão, e deu-lhes e, semelhantemente o peixe.”
João 21:10-13
Pão e Peixe, que nos leva ao alimento crístico da ressurreição, porque a Vida em Jesus Cristo não é dele em si mesmo, mas de tudo o que recebe do Pai. Essa relação se estabelece muito bem no capítulo 6 do mesmo evangelho de João, que anuncia o Pão do Céu, dado a ele pelo Pai.
Pão e Peixe, o alimento da terra e o alimento do mar.
Cinco pães e dois peixes, no milagre da multiplicação.
Pão se relaciona ao signo de VIrgem (a Grande Mãe, Ceres, o trigo) e Peixe, ao signo de Peixes (o grande Pai, Netuno, deus dos oceanos)
Pão e Peixe significam o ALIMENTO que os filhos de Deus recebem diretamente das mãos do Pai-Mãe (= DEUS) por intercessão de Jesus Cristo.
Aquele vendedor de peixe me pareceu um anjo, um mensageiro da Verdade cristã (que também significa este alimento).
O pão da verdade, o pão da Eucaristia, etc.
Depois, as raras magnólias brancas.
Ora, magnólias são flores de uma árvore perene, símbolo da árvore da vida. Tem várias cores, mas eu via somente flores brancas enormes pendendo de folhagens vermelho-sangue.
Almas puras que mereceram a vida eterna.
E mais, as flores vermelho cor de sangue significam o pacto de sangue com Jesus Cristo, que permite que elas ressuscitem (conforme a petição feita antes dessa visão).
Elas, as flores brancas, aquelas almas ressuscitadas que vestiam túnicas brancas (visão do Apocalipse) eram nutridas por este sangue, o sangue do pacto (que assinalou os 144 mil) nas folhas da planta, o que nos liga também com a parábola da videira, conforme o capítulo 15 de João.
O jardineiro me pareceu ser o mesmo vendedor de peixe.
Um Anjo ou o próprio Jesus Cristo transfigurado no sonho respondendo a minha oração… cuja resposta está de pleno acordo com os maiores mistérios do evangelho.
Eles já circulam entre nós…
MA.RA.NA.TA.
JP em 03.10.2022