Muitas são as técnicas de controle da respiração que são utilizadas para gerar estados alterados de consciência de forma natural e segura, sem uso de drogas ou qualquer substância psico-ativa, tudo por causa do conceito do Prana e da relação íntima entre respiração, sistema nervoso, circulação nervosa, cérebro e mente.
O termo hindu Pranayama significa:
Prana, os glóbulos vitais existentes no ar que respiramos
Ayama, estender, alongar, prolongar
Assim, fica fácil entender o alvo central de todas estas técnicas: estender os benefícios da respiração.
Tapando narinas alternadamente ou não, isso não importa, o que importa é compreender a ação da respiração controlada sobre corpo, mente e espírito, já que, em diversos idiomas, o alento e o espírito são termos sinônimos. Nossa vida começou quando inalamos o primeiro alento, e com ele, o espírito entrou no corpo e o tornou alma vivente.
O objetivo principal do Pranayama, portanto, é prolongar os efeitos da respiração que, em estado normal, é insuficiente para suprir as demandas de energia do corpo. Mesmo que não tenha objetivos místicos, a prática regular do Pranayama é uma das melhores terapias de bem-estar, saúde e equilíbrio existentes. Se não for a melhor de todas elas.
O efeito do oxigênio na respiração, todos nós conhecemos, e ainda que a absorção de oxigênio do ar inalado não seja total, senão que parcial, e no final do processo, exalamos CO2 etc etc, e essa inalação de oxigênio gera íons na circulação sanguínea, que tem a ver com a eletricidade vital que circula em nossa rede nervosa, etc, bem, o alvo das técnicas do Pranayama não está exatamente no oxigênio, que é apenas o veículo gasoso de outro elemento de poder superior, então, o Prana, aqueles corpúsculos de energia, como pontos brilhantes, não transformáveis, porque são átomos de vitalidade eterna, preenchendo o ar, os quais, inalados, transferem energia vital diretamente para o nosso corpo e mente.
Não se trata de um processo de transformação gasosa ocorrendo nos pulmões, e sim, de um processo de absorção direta de energia vital pura destes glóbulos presentes no oxigênio, mas que não são o oxigênio.
Existem glóbulos de energia vital em todos os elementos, terra, fogo, água, mas é no elemento ar que podemos absorvê-lo de forma mais rápida e eficiente em práticas do tipo.
Então, baseado na diferença entre Prana e Oxigênio inalados é que resulta o entendimento da técnica da saturação do cérebro.
O oxigênio é uma substância finita, a cada inalação os nossos pulmões absorvem uma taxa X de oxigênio, e por mais tempo que retenhamos o ar nos pulmões, essa taxa não irá aumentar dentro de cada inspiração.
Diferente do que acontece com o Prana.
O Prana são partículas de energia vital pulsante, elas transferem energia ao nosso corpo durante a inalação mas não perdem sua energia. Diferente do oxigênio, que logo é absorvido, para exalarmos gás carbônico em seguida, o Prana fica vibrando dentro dos nossos pulmões e atirando vitalidade dentro do corpo. E quando exalamos o ar, exalamos o Prana intacto. Não absorvemos toda a sua energia, atirando para fora partículas inertes e sem energia.
O Prana continua do mesmo jeito, é a qualidade inerente do ar. Ele vai vibrar do mesmo jeito, porque sua energia não é exatamente energia física. É uma energia que não perece.
Daí o sentido: Pranayama = alongar o Prana.
Quanto mais tempo retermos o ar dentro dos pulmões, mais energia vital absorveremos do Prana sem destruir o próprio Prana, que será exalado nas mesmas condições em que entrou em nossos pulmões. Todas as técnicas envolvem retenção do ar por algum tempo nos pulmões, e quanto mais tempo esse ar inalado seja retido, mas energia vital o Prana presente nele irá transferir ao corpo e mente, gerando no cérebro uma tal pulsação que, logo, você sentirá que sua mente começa a entrar rapidamente em estado de fase, isto é, entre a vigília e o sono, estado esse ideal para as práticas, porque nossos sentidos superiores ficam ativados.
O oxigênio contém Prana em sua estrutura, e esse oxigênio circula no sangue, alcançando o cérebro, a sede central do sistema nervoso. E onde chega o oxigênio, chega o Prana, e do cérebro, ele se espalha por todo o organismo.
Retendo oxigênio no peito, você retém Prana. E retendo Prana, você aumenta a absorção da energia da vida cósmica.
O Prana, na verdade, não é atributo do ar. Nem dos quatro elementos. Os quatro elementos, como o ar, possuem Prana, mas sua origem é anterior ao nosso mundo e elementos. O Prana procede do Universo, são partículas de energia vital que preenchem tudo, estrelas, galáxias e mundos, e vão se acomodando nos quatro elementos da matéria para tomar parte da criação da vida pelos Espíritos de Deus, como tijolos da vida, tijolos de vitalidade da matéria, a qual não podemos mais chamar de inanimada sem cair em erro de expressão.
Tudo isso significa que os seres do Universo, como os Anjos, respiram o Prana diretamente da energia cósmica dispersa nos espaços sem fim, sem a necessidade de uma atmosfera, como nós, os seres de carne e osso totalmente aeróbicos (dependentes do ar para a vida). Anjos respiram Prana, Prana do Sol e das estrelas, dos gases das Galáxias e da luz circulante. Prana seria o alimento vital universal. Comer luz? Faz todo sentido na ilustração do Prana nestes termos.
É isso o que temos em comum com os Anjos de Deus. Eles ingerem Prana como nós, das fontes do Cosmos.
E reparou como todas estas criaturas divinas do Universo, geralmente são representadas com asas?
As asas dos Anjos representam o elemento Ar, e mais ainda, o Prana, no qual eles voam, eles circulam, eles vivem!
Se quisermos voar como eles, temos que nos abastecer de Prana.
JP em 25.02.2020