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O sinal luminoso do Solstício de Junho na Catedral de Chartres

O sinal luminoso do Solsticio de Junho na Catedral de Chartres

Existe, no interior da catedral de Chartres, na parte inferior do lado Oeste do transepto Sul, uma pedra retangular, chumbada obliquamente nas outras lajes, num talhe branco distinto sobre o cinza escuro geral do lajeamento. Esta pedra esta marcada por um pino de metal brilhante ligeiramente dourado.

Ora, a cada ano, em 21 de Junho, assim que o sol nasce, o que geralmente acontece nesta época, um raio de sol vem, exatamente ao meio dia, bater sobre esta pedra branca, um raio que penetra por um espaço preparado no vitral conhecido como de São Apolinario, o primeiro da parede Oeste deste transepto.

Esta particularidade é apontada por todos os guias e aceita como algo esquisito, uma brincadeira do assentador das lajes, do vidraceiro, ou do construtor.

Ou uma mensagem?
Sim, a clara mensagem que repercute em muitos outros tempos do mundo antigo acima da Linha do Equador, todos eles orientados, com seus portais, janelas, colunas e poços, para a mesma data sagrada, 21 de junho, o dia mais longo do ano naquele Hemisfério (Norte).

O dia que simboliza a descida do Deus Sol ao mundo, para iluminá-lo com plena força de sua luz.

Por isso, muitos desses templos antigos são referências a este deus Sol comum de todas as religiões, incluindo aquelas abaixo da Linha do Equador e que também trazem seus modelos de alinhamentos e marcações solares em datas especiais do ano.

Este dia é um dos portais do Sol na Terra, e o outro que lhe complementa aparece no dia 21 de dezembro dos anos, 6 meses após o Solstício de Junho, o menor dia do ano conhecido como Solstício de Dezembro, no sentido oposto daquele, quando o mundo entra na faixa escura e precisa de um Salvador que o guie de volta a luz (o que explica a associação deste dia com a data próxima do Natal).

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Para se refletir:
por que todas as culturas antigas, mesmo separadas pelo espaço e tempo, cultuaram uma mesma divindade na face personificada do Sol, dedicando a ele todos os seus templos e sacrifícios?

Nada mais justo, afinal, o Sol não se sacrifica diariamente para nos dar vida em abundância?

A vida é o resultado de uma medida perfeita entre os dois extremos do Sol, porque se o calor excessivo mata, o frio excessivo também.

O que significa que os extremismos do clima manifestam tão somente os extremismos da própria conduta humana em relação aos padrões de equilíbrio que toda vida exige para ser plena e abundante.

Mas esse sinal luminoso entrando no templo por um furo no vitral também ilustra a descida da luz divina pelo “furo” que temos no alto da cabeça, nosso chakra coronário, o sétimo nível da órbita vital por onde nossa mente comunga com a mente infinita, e o resultado do encontro de ambas é o que a humanidade teoriza (mas não experimenta e nem conhece) por
ILUMINAÇÃO.

Se o templo representa o santuário sagrado, o corpo físico, reedificar o templo significa fundar uma nova arquitetura capacitada a receber todas as luzes do plano superior.

E fazer dessa comunhão a única religião real, ou a experiência da reconexão entre o humano restaurado e o divino que sempre lhe esperou nesse sentido.

JP em 22.11.2023

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