Aos vinte e dois anos de idade, Lola sofreu um grave acidente, caindo de uma jabuticabeira, ficando desde então paraplégica.
Entregou sua existência ao Sagrado Coração de Jesus e aos poucos passou a não se alimentar, até que dois anos após seu acidente, já não mais comia, bebia ou dormia. Fato este comprovado por inúmeras pessoas, dentre elas, um grupo de senhoras do Apostolado da Oração da Paróquia de São Manoel, que se revezaram em seu quarto, em turnos de 8 horas, durante as 24 horas do dia, isto sob a Orientação do Pároco Local Padre Gladstone Galo e com a permissão do Bispo de Mariana.
Assim, em 1948 ficou constatado de que Floripes Dornelas de Jesus, mais conhecida como Lola, havia definitivamente parado de se alimentar. Ela já NÃO BEBIA, NÃO COMIA e NÃO DORMIA e passava o seu dia orando ao Sagrado Coração de Jesus pela intenção das pessoas que a procuravam. Sua confiança no Sagrado Coração de Jesus atraiu milhares de romeiros a sua casa, prodigalizando inúmeras graças.
Por volta do ano de 1958, o Bispo da Arquidiocese de Mariana, temendo pela sua saúde debilitada, e o aumento expressivo das romarias, proibiu que Lola mantivesse está prática. Lola muito devota e obediente a Igreja Católica e suas orientações, passou a não mais atender os leigos, passou a atender somente religiosos.
A Lista de Bispos, Padre e Seminaristas e outros é extensa, e hoje, todos os que ainda estão vivos e tiveram a Graça de conhecê-la, não colocam nem por um instante em dúvida sua Santidade.
Lola passa a dedicar suas orações, em reclusão, a todos, por meio do silêncio. As pessoas lhe enviavam bilhetes contando suas aflições e ele orava ao Sagrado Coração. Durante toda sua vida mandou imprimir e distribuir os livrinhos da Grande Promessa do Sacratíssimo Coração de Jesus a Santa Margarida e pedia a todos que fizessem a Novena das nove primeiras sextas feiras de cada mês.
Certo dia, poucos meses antes de sua morte, conversando com ela, sobre nossos entes queridos, que já haviam partido e coisas parecidas, eu lhe disse meio que sorrindo, que quando ela partisse, eu sentiria muito a sua falta, de nossas conversas, sua sempre indispensável interseção junto a Jesus e ela sorrindo, virou-se um pouco, pegou uma caixinha de papelão (dessas de sabonetes), abriu e pegou dentro uma pombinha de papel. Me pediu então a minha caneta e escreveu na pombinha a seguinte frase: “Quem procura por mim vai no coração de Jesus que encontra”. Relíquia que compartilho com grande alegria.
Faleceu em 9 de abril de 1999, quando milhares de pessoas concorreram ao velório e sepultamento. Seu túmulo é muitíssimo visitado no Cemitério Municipal de Rio Pomba e todos os dias, são relatados, novas graças que são concebidas pela sua intercessão junto ao Sagrado Coração de Jesus, como conta o site Obra Missionária.