Uma imensa nuvem de fuligem varreu a região da Serra do Amolar, no Pantanal, na tarde da terça-feira (13/10/2020) em um cenário assustador lembrando as grandes tempestades de areia em desertos. O Corpo de Bombeiros de MS confirmou que a grande nuvem foi uma mistura de cinzas, fumaça e areia originária de focos de incêndios que consomem a região.
Um dia depois a chuva e os temporais começaram a aumentar sobre o estado.
Os ventos ajudaram a deslocar a grande massa de poeira até a comunidade da Barra do rio São Lourenço, em Corumbá, em Mato Grosso do Sul.
Os moradores relataram o fenômeno como algo assustador e muito rápido. Em poucos minutos, as margens do rio Paraguai e a Serra do Amolar, ficaram tomadas por uma cortina escura de fumaça e fuligem dificultando a respiração. Algumas pessoas tiveram falta de ar, segundo relatos de uma moradora de Barra de São Lourenço.
O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), afirmou que as rajadas de vento estavam perto de 30km/h e constantes, o suficiente para empurrar a nuvem que se sustentou por várias horas até a noite.
Um helicóptero do IBMA sobrevoava a Serra do Amolar no momento que o fenômeno ganhou força conseguiu flagrar imagens da gigantesca nuvem de fuligem e teve muita habilidade para sair da região em segurança.
Ontem, novamente outra nuvem de fuligem menor se formou, segundo relatos do IBMA. Famílias ribeirinhas da Serra do Amolar vão precisar sair da região por conta do risco à saúde pela presença de muita fuligem e fumaça.Muita poeira se espalhou antes da chuva em Primavera do Leste, em Mato Grosso na quarta-feira. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter @robertaiane
Aumento da chuva começa trazer alívio para o Pantanal
Depois de semanas de trabalho intenso pelos brigadistas, a chegada da chuva trouxe um pouco de alívio e ajudou a eliminar focos de incêndio espalhados pelo Parque Nacional do Pantanal mato-grossense e na Estrada do Parque, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Entretanto, o monitoramento é constante e a situação segue em alerta porque a vegetação não está úmida o suficiente e serão necessárias semanas de chuva para eliminar os focos de queimadas ainda existentes sobre o Pantanal.
Os temporais ganharam força em amplas áreas de Mato Grosso do Sul nos últimos dois dias, com ventania de 80 km/h e estragos provocados pela chuva forte. Campo Grande registrou queda de energia elétrica em vários bairros, alagamentos com aberturas de cratera durante a quinta-feira.
Painel Global
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