Muito se diz que a humanidade teve, no passado, a faculdade da projeção astral consciente, e também, da telepatia, da telecinesia, das revelações em sonhos (muitos as tem), e outras percepções paranormais que, por causa da queda da consciência da humanidade no materialismo e na geração animal, argumentos do DNA foram danificados nesse aspecto, e por isso, certas potencialidades do cérebro jazem inativas, inoperantes.
Mas, mesmo diante destas limitações, o corpo e a mente, todas as noites, colocam duas armadilhas principais que servem para distrair a nossa consciência e atirá-la nos vórtices do sono profundo, dentro dos quais apenas conseguimos lembrar alguns sonhos, e muitas vezes, nem isso, passando todas aquelas horas na cama em completo estado de inconsciência.
Sabendo disso, muitas técnicas de projeção astral foram desenvolvidas exatamente para superar e mesmo contornar essas duas armadilhas do sono, evitando o adormecimento rápido e a inconsciência do outro lado.
A primeira armadilha é a agitação física. Somente com treino e técnica conseguimos conquistar a imobilidade do relaxamento, quando então o corpo físico começa a acelerar as vibrações internas (sensações de calor, eletricidade, formigamento) e iniciar um processo de transferência de consciência para a parte astral.
Mas se a pessoa fica virando muito para os lados, se mexendo o tempo todo até pegar no sono, essa aceleração da vibração não acontece, e ela apaga.
A segunda armadilha é ainda mais sutil: a agitação mental.
Como se a mente tentasse criar uma neblina ou cortina esfumaçada de pensamentos dispersivos PARA NOS DISTRAIR, como aquele hipnólogo que balança diante dos nossos olhos um pêndulo, para lá e para cá, até que adormecemos e caímos nos comandos de sua voz… algo acontece semelhante aqui.
Os pensamentos ficam oscilando dentro da mente para todos os lados, passando sem sentido, sem orientação, diante do nosso restante de consciência vígil, até que apagamos e dormimos, e só iremos lembrar de alguma coisa no dia seguinte.
Novamente, as técnicas de projeção astral visam suprir essa deficiência, criando modelos de concentração e visualização que permitem que o praticante dissipe o véu de indução mental ao sono.
Já aconteceu de você assistir um filme bem chato e monótono que te deu sono?
Eis a base da armadilha mental!
Quando temos pensamentos intensos e preocupantes, isso causa o efeito contrário, e poderá nos deixar com insônia, mas no caso do adormecimento comum, a mente fica rodando diante de nossa consciência uma sequência de pensamentos aleatórios e monótonos com a proposta de nos adormecer.
Um filme intrigante e interessante nos mantém atentos, mas um filme tedioso nos faz adormecer.
Por isso, a mente dispersiva e seus pensamentos soltos se torna tediosa para a consciência que lhes assiste, e ela logo cairá no sono.
Não é a mente em si mesma que faz isso, mas o ego invasor da mente, que é multiplicidade (legião de elementos psíquicos internos), e como este ego não pretende nem despertar e nem se emancipar do materialismo, ele tenta nos induzir a uma matrix de sono profundo, todas as noites, e durante o dia, continuando com aquela sinfonia desafinada de pensamentos ociosos e caóticos na cabeça.
Rara é a pessoa que consegue manter a mente dentro de um padrão linear de pensamentos, em balanço de energia mental concentrada e não dispersiva, tanto de dia como de noite. É uma habilidade que exige técnica e trabalho duro.
Portanto, antes de deitar para dormir, além do relaxamento, é importante vigiar os pensamentos e ir tentando controlar suas pontas soltas, sua oscilação e divagação, porque se eles prosseguirem seu curso nesse ritmo, você estará dormindo em poucos minutos em mais uma noite de sono pesado e improdutivo (interessante notar como as duas formas de dispersão ativas, a física e a mental, se conectam na hora do sono, e são perceptíveis principalmente quando tentamos realizar as práticas, e enquanto a mente fica balançando na gangorra de pensamentos dispersos, esse comando mental é aplicado no corpo em todas aquelas sensações chatas que começam a se multiplicar e atrapalhar o relaxamento, como coceiras, tensão dos músculos, partes palpitando e incomodando, etc… é a mente tentando fragmentar sua atenção, no corpo e nos pensamentos!)
E sabendo que, do outro lado da realidade material, cada estrela que brilha é um Templo de ensinamento divino e espiritual, é triste perder tantas horas na cama, tantos dias e anos privando-nos de tanta luz abundante no Universo astral.
Como podem ver, não existe nenhuma matrix maligna posta ao nosso redor para nos prender na inconsciência, ela brota todas as noites de dentro de nós mesmos, dos mecanismos subversivos do ego (legião) para nos enfraquecer a energia vital e mental, quando dispersa nossos pensamentos e agita nosso corpo.
A matrix está dentro de nós mesmos, e basicamente, ela é dupla. E quem a comanda é o ego, a segunda natureza criada dentro da alma depois da queda no materialismo e na geração animal (rompemos no passado com a geração divina).
Então, conhecidas as armadilhas do Sono que todas as noites são colocadas para nos adormecer e raptar nossa consciência ao esquecimento das verdades do outro lado, fica mais fácil trabalhar no sentido de removê-las para que a nossa noite de sono seja tão produtiva para a mente que aprende do outro lado como para o corpo que repõe suas energias na cama!
Práticas como a concentração e a oração, o mantra e qualquer atividade que ajudem a sustentar a atenção mental no foco, servem para contornar a estratégia de dispersão da parte do filme do “ego” com o propósito de adormecer a consciência, enquanto práticas que envolvem controle da respiração são úteis para aquietar o corpo e a mente, trazendo relaxamento que acalma a agitação corporal, tensão muscular, etc. Assim se superam as duas armadilhas noturnas que fazem do sono uma rede que limita as experiências da consciência, então adormecida, nas dimensões paralelas.
Lembrando que enquanto o sono é uma necessidade orgânica para o corpo, ele se torna um entrave para a mente na expansão da consciência vígil para além das limitações dos cinco sentidos 3D.
Trocando em miúdos, o corpo é que precisa dormir, não a mente.
O sono não pretende ser uma rede para aprisionar a mente num estado de adormecimento.
A mente nunca dorme. Ela apenas está sendo hipnotizada, nesta e em outras situações.
E na verdade, se você permite que sua mente durma, quer no mundo astral, quer no mundo físico, se coloca à mercê de todo tipo de manipulação por parte das forças ocultas do “Sistema”, quer deste mundo, quer de outros…
A propósito, em se falando em “Sistema”, prestem muita atenção em todos estes enredos muito repetitivos, todos os dias, em noticiários, em mídias, em veículos de informação … esse mecanismo é chamado “roda”, e sua temática gira eternamente sem mudar de lugar, sempre voltando ao mesmo ponto, e se a princípio a roda lhe deixará tonto, depois ela irá lhe adormecer… sabe, como aquele filme monótono e repetido de sempre?
Fica a dica, a chave valiosa para despertar.
JP em 30.08.2019