“Se você conhecer a magnificência dos números 3, 6, 9, então terá a chave do Universo”
Nikolas Tesla
Continuando a primeira parte desse assunto, que pode ser vista aqui:
Generalidades
1, 2, 3 e a série numérica na Cabala
Antes, sabendo que tudo veio do Nada, o Zero.
Então:
0: a Fonte, o Nada, o Vazio, o Ilimitado e Desconhecido.
1: O Princípio, a Origem de tudo, a mônada, a chispa primordial.
2: A polarização, a Duada, o Binário.
3: O Equilíbrio, a tríade, o movimento.
Depois, e só depois, veio a forma (4), a matéria, a fragmentação do Universo que, antes da forma, era psiquismo puro integrado.
O triângulo (3), naquela escala, fecha o Todo-Mente de Hermes Trismegisto, antes mesmo da forma (mente corporificada) existir.
E se toda matéria existe, é porque, antes dela, existiu uma mente consciente e um psiquismo ativo fluindo no Universo abstrato informe, e ele é que inflou os pulmões para emitir o real instrumento da Criação, o Verbo, a Palavra de Poder.
Se 4 é a forma, e se 4 = 1+3, é porque a forma é o resultado do psiquismo (3) ao qual se uniu novo princípio existencial, o da própria forma. Mas a equação 1+3 = 4 nos leva ao 13, a porta da trans-forma
(morte). O psiquismo recicla toda forma com esse movimento do 13. A metáfora da Borboleta.
E essa energia psíquica na forma (1+3 = 4) se polariza dentro da própria forma (1+1+3 = 5), por exemplo, na sexualidade biológica, na mitose celular, etc, para promover a expansão da forma no 5, tanto que o número áureo Phi (1.618) é extraído da raiz quadrada de 5.
E, finalmente, quando o 3 duplica a si mesmo, (3+3 = 6), isso significa que a tríade psíquica original (3) se espelhou no mundo da forma em outra tríade, a tríade material (3 dimensões), que reflete o equilíbrio da vida no macrocosmo (planeta, estrela).
Simbolizada pela estrela de seis pontas, chamada de Macrocósmica, e ilustra, na imagem dos seis dias da criação, o estágio final, quando o Universo alcança o equilibrio entre a alma ou psique (espírito, vida, consciência) e a forma (3 dimensões) no 6 (3+3), a Criação completa, a alma espelhada na matéria e o espírito configurado na forma.
As citações herméticas apoiam essa analogia:
“Tal como é em cima, é embaixo”
“O Todo é Mente”
“Tudo é número, tudo são números” (De Hermes a Pitágoras).
E na metáfora dos números, o sistema decimal marca a contagem de 1 a 9 antes de completar um ciclo numérico, e repetir o sistema no 10 em diante.
Resumindo:
1: Deus se manifesta
2: Deus se polariza
3: Deus se mentaliza
4: Deus toma forma
5: A forma se sexualiza
6: A forma se expande e se multiplica, e o universo espiritual espelhado no cosmo físico entra em equilíbrio (os seis dias da Criação).
E, seguindo essa linha, qual o significado dos três últimos números, então, 7, 8 e 9, neste mapa metafísico da Criação?
A Árvore da Cabala tem 1+9 = 10 setores.
Os três primeiros são de Deus.
Os três seguintes são do Cosmos.
E os três últimos, são humanos.
7:
O sétimo Dia da Criação, o Shabat, o descanso de Deus, que significa “um dia secreto”, de conhecimento de Deus, onde Ele contempla a própria Criação.
E daqui vem o nome do sétimo Anjo da Hierarquia espiritual, associado a Saturno (o tempo, o ciclo, a morte), quando cessa o império da matéria e o espírito aciona as forças de desligamento, contemplando com isso a fonte pura do conhecimento.
É o dia da Iniciação e do Iniciado.
Seres comuns, na vida comum, inconscientes da Criação donde vieram, são referidos no nível 6, indo e vindo nos ciclos da forma no aprendizado da alma, nascendo e morrendo, ainda presos á roda do tempo, debaixo do sétimo diretor.
Mas o ser vivente que sente o chamado do Alto, começa a entrar no nível sete da numeração (escala evolucionária), entrando num processo que chamamos de Iniciação, que é um delicado e longo processo disciplinar da alma, envolvendo kundalini, chakras, despertar de energias internas e florescer de percepções desconhecidas, para que a sua mente e consciência canais de expansão para além da faixa 3D dos cinco sentidos e das especulações do raciocínio cego, justamente para habilitá-la num novo tipo de existência além da existência terrestre: a existência cósmica.
A Iniciação
O ser equilibrado e auto-consciente (6) deseja transpor os limites do mundo físico e do programa imposto pela natureza em três etapas fundamentais:
Nascer, reproduzir-se e morrer.
Então, um novo princípio é inserido na escala
(1+6 = 7), tal como penetrou no primeiro triângulo, para transformar a mente em forma (1+3 = 4).
Agora, em 7, o princípio inserido é uma nova chispa de inquietude, de sede de sabedoria e expansão, uma espécie de recriação interna do homem que deixa de se satisfazer com aquele programa citado (o que alcança somente uma minoria entre as massas programadas, que aquilo cumprem sem questionar).
Essa nova chispa ou princípio que torna seis em sete insere na alma humana um desejo que vem de Deus, de renascer em espírito e se tornar, verdadeiramente, Filho de Deus, e a Iniciação será o preparatório para isso, em sete etapas (não é por acaso que temos sete chakras e sete veículos internos na natureza completa do espírito, além dos sete graus de ascensão do kundalini: sete é, sob todos os sentidos, o número da Iniciação e do Iniciado, pleno dos sete dons do espírito santo dentro de si, no santuário e templo reedificados).
Aquilo que o evangelho chama de segundo nascimento.
Iniciação ou re-início da vida, renascimento em vida sem morte física, apenas morte dos conceitos limitados, dos valores construídos na idade da ignorância, nos defeitos alimentados na ausência da consciência da verdade, etc. A transformação interior completa, a metamorfose da larva do ego na alma-borboleta.
Sete é o número de totalidade, das estruturas das coisas. Sete cores, sete sons da escala, sete dias da semana. Reflete um processo de reconstrução que se completa em sete escalas, ou sete notas antes de entrar numa nova oitava.
O Iniciado, no sétimo dia, realiza, como o Criador, o Shabat de seus trabalhos mundanos, sua morte de conceitos e defeitos, seu afastamento voluntário do círculo das mundanidades que não mais lhe atraem, enfim, tudo isso para que possa ser desligado de um sistema de valores de vida para outro sistema, completamente transcendido, rumo a contemplação do conhecimento puro de Deus que ele desejou desde o começo.
Deus cria o homem, e o homem deve recriar-se em Deus.
Esta é a verdade fundamental no estágio 7.
Deus cria tudo até a ordem seis, mas a partir do sete, quem entra em cena é o ser humano, exercendo seus poderes criadores do espírito dentro dele, atuando como co-criador ao lado de Deus, de um universo que se eleva na direção da perfeição.
O iniciado, aquele que nasce segunda vez, escolhe o caminho de recriar-se em Deus, conforme a instrução da Verdade em doutrina revelada, ao invés de seguir alimentando as paixões e o ego, fruto das ilusões, nas didáticas mundanas, das quais se afasta, ao perceber que sistema é esse, enganoso desde o começo, porque é feito por humanos sem escrúpulos no poder, a frente das instituições que regulam a sociedade dos adormecidos.
Então vem o próximo número indicador da escala da ascensão, de 1 a 9: o Oito (8).
8:
Neste estágio, o Iniciado (7) assume uma consciência capaz de contemplar o Universo puro do conhecimento anterior à própria forma (6) e, mais do que isso, assume a capacidade de se ligar energética e conscientemente a este Universo (1+7 = 8) quando então ele percebe e sente em si mesmo o fluxo binário (4+4) de todas as coisas, e não somente duas naturezas em separado (3+3 = 6).
Esta é a diferença entre o nível 3+3 = 6 e o nível 4+4 = 8, quando se é parte da dupla cadeia cósmica, o eterno Laço, o signo do Santo Infinito, etc.
O Iniciado nível 8 assume uma existência unificada, e sua vida passa a fazer parte consciente do Sistema, do micro ao macrocosmo, o que também é uma dupla cadeia retratada pelo 4+4 = 8.
Do micro ao macrocosmo, das partículas às grandes massas, do visível ao invisível, do perto ao longe, enfim, o Iniciado 8 contempla tudo e se liga a tudo isso, com todos os seres, passando a atuar como uma célula a mais do Grande Organismo Deus, parte viva da Alma cósmica.
Finalmente, o estágio final, o 9.
9:
O iniciado, ao se ligar a tudo (8) assume uma nova vida, uma nova existência, uma nova personalidade transcendental. Ou seja, a personalidade de Filho de Deus, deixando de ser uma vida e consciência individualizada (na ilusão da fragmentação) para se tornar parte da vida coletiva, vida múltipla, existência partilhada, quando o destino de UM é partilhado por todos, e vice versa.
Desnecessário demonstrar que, neste estágio final (9), o ego e a falsa individualidade são desintegrados para sempre, porque esse ego, filho de uma falsa vida, apoiado em falsos (porquanto limitados) sentidos, cuja ideologia nasce do desejo e de miragens passageiras da mente iludida e auto-enganada, não tem realidade no Infinito, e nem pode ser inserido nos filhos de vida eterna.
Em 9, o homem se recria em Deus.
Em 6, no sexto Dia, Deus cria o homem.
Aqui se cumpre a lei do retorno do Universo criado, e nõs somos o ponto de retorno da objetiva da criação.
(6-9, imagem do Yang-Yin, Sol-Lua e o duplo laço)
O alvo final da Criação é alcançado nos seres humanos ou extraterrestres habilitados a se recriarem em Deus, à sua imagem e semelhança.
Em 9, é como se a alma se posicionasse no centro do Santo Oito deitado (curva do Infinito) e é nesse centro de Ser (TAO) que ele assume vida e consciência absolutas ou, em outras palavras, se torna um Filho de Deus, um Cristo vivo, um imortal.
Revendo,
após 3+3 = 6, o nível da criação comum, o Iniciado salta para o nível 7 (1+6) e contempla um conhecimento puro das coisas capaz de transformá-lo por inteiro, de dentro para fora (o auto-conhecimento), e no nível 8 (1+7) essa transformação interna de valores e energias o habilita a reintegração com o Universo, e quando essa reintegração (religare, religião) acontece, um Filho de Deus é nascido e somado ao Grande Exército dos espíritos da Luz, no nível 9, um ser que vive na mesma idade do Universo para poder serví-lo como um Instrumento do Pai Eterno.
E a tríade 3-6-9 se destaca nesse modelo:
3: Deus se manifesta em espírito, energia e consciência.
6: A criação cósmica equilibrada expressa Deus.
9; O Homem renascido expressa Deus na Criação e a criatura em Deus.
E a tábua evolucionária de 1 a 9 se completa no 10, para um novo ciclo.
Três é o Número de Deus (Santíssima Trindade)
Seis é o Número do Cosmos e do homem comum
(Estrela Macrocósmica)
Nove é o Número do homem transformado em Filho de Deus
Sendo que sete prepara o homem comum para o caminho da reintegração cósmica no Oito, quando então, nutrido por força divina pura e sem bloqueios ou impedimentos, ele renasce no Nove como Filho de Deus.
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E o 10 completa a meta do Universo-Deus no homem.
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Se Nikolas Tesla viu todas estas coisas na grandeza do três, seis e nove em seus estudos, eu não sei… mas o que sei é que a grandeza do três, do seis e do nove VIRAM Nikolas Tesla, e por essa razão é que a sua mente brilhou no mundo em trevas, aliás, como acontece com todas as outras mentes transformadas que descem aqui para iluminar o mundo em trevas.
JP em 13.06.2019