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Resgatando o Natal

 

 

 

Nesta série de escritos e reflexões, a proposta é resgatar o Natal das garras da exploração comercial na qual a festa cristã mais linda foi transformada.

Papai Noel, todos sabem, é uma invenção norte-americana com relações implícitas com a Coca-Cola, transcrevendo lendas mais ou menos reais sobre uma personalidade antiga da Europa, São Nicolau, daí a expressão SANTA KLAUS para o Natal entre os norte-americanos, referindo-se a tal homem.

Mas por que todos comemoram o Natal? Até os ateus, até aqueles que não gostam da Bíblia e retorcem o nariz só de ver uma imagem de Jesus Cristo ou alguma referência aos evangelhos?

Não deveriam comemorar, com base na origem real do Natal.
Presentes materiais é o que menos importa.

Mesmo que não gostem de Jesus Cristo ou de Bíblia, que bom seria se, antes de presentear os outros com coisas materiais, as pessoas se tornassem, elas mesmas, os presentes na vida das pessoas que as cercam!
Deus sequer exigiria sua presença em Igrejas! Sequer exigiria que lessem ou estudassem Bíblia!

Até porque muitos dos que frequentam Igrejas e estudam Bíblia não são na prática o que abordam na teoria, vivendo uma fé morta, sem obras.

Se cada ser humano se esforçasse para ser o presente vivo de doação e bondade na vida dos demais, não somente uma noite, mas durante o ano inteiro, a mensagem do Natal seria cumprida, afinal!

Porque o conceito mais forte do Natal é esse, o grande presente de Deus para a humanidade chamado Jesus Cristo, naquela que foi, com toda certeza, a mais linda das noites que este mundo já viu… e o maior desejo do Mestre, com toda certeza, é este: não o de ver você em Igrejas ou lendo a Bíblia, mas lutando para ser uma pessoa melhor, que os outros realmente julguem você como o presente mais precioso na vida delas.

Por isso, não esperei pelo dia 25 de dezembro para dizer estas coisas… Natal como nascimento de um ser humano melhor é uma mensagem eterna, afinal…

JP em 04.12.2019
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A parábola dos 3 reis magos

Seguir uma estrela é buscar uma nova fé num mundo obscurecido…
Cruzar desertos é vencer desafios nessa busca…
Encontrar a estrela é confirmar essa nova fé com os próprios olhos…
Oferecer presentes para a Criança Sagrada é entregar o coração a Deus, renascido pelo poder dessa nova fé…
Que cada um possa seguir e encontrar essa nova fé em seu coração…

 

JP em 09.12.2019

 

 

 

 

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Uma grande e nova estrela brilhou nos céus de Belém na noite das noites, hoje comemorada da forma mais comercial possível nos natais das empresas de comércio e consumo.

O Universo sempre sinaliza de forma poderosa e global quando deseja realizar uma grande mudança na programação dos destinos deste mundo.

Por tudo isso é que estamos recebendo tantos sinais no céu e na Terra, como nunca recebemos antes, em tempo algum desta civilização.

Isso porque a nova programação que se aproxima é extensa e vai cobrir todos os seres vivos.

E quando a estrela de fogo surgir, saberemos que o capítulo da História Humana está perto do fim, e uma nova programação começará, não no mesmo livro, mas num livro novo.

Porque o velho livro dessa História mal escrita e mal contada pela civilização vacilante será fechado e arquivado.

O Apocalipse 6, da abertura do sexto selo, diz exatamente isso:
Quando aqueles grandes sinais acontecerem, os céus se enrolarão, como um pergaminho… e nesse dia saberemos que humanos nunca escreveram a História real da Terra.

No máximo, servimos de páginas em branco e cenários para que os verdadeiros senhores do Destino escrevessem tudo por meio e através de nós… até aquilo que nós nunca gostamos de escrever…

 

JP em 13.12.2019

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Por que ateus e pessoas que desprezam a doutrina cristã comemoram o Natal?

Sabendo que ele é uma festa de origem cristã, e que foi editada e repaginada ao longo dos tempos, principalmente pelo sistema comercial norte- americano, na caricatura falsificada do Papai Noel e derivados, engordando os seus cofres através do elevado consumismo natalino amplamente difundido nestas épocas do Ano, envolvendo marcas mundiais de consumo como a Coca Cola e outras internacionalmente famosas?

Ou seja, na doutrina cristã, eles não acreditam, achando que ela foi criada pela Máfia Vaticana e suas finanças, mas numa máfia ainda maior, que é a indústria norte-americana de consumo, eles acreditam, investindo grande soma de dinheiro nesse consumismo baseado em fantasias comerciais coletivas cujo centro de gravidade repousa no financiamento do”sonho americano”?

Como sempre, a conduta de muitos seres humanos é toda contraditória, e o que pregam na teoria, vivem ao contrário na prática.
Caso contrário, deveriam levar estas festas cristãs como um dia comum.

JP em 20.12.2019

 

 

Natal das controvérsias

E a cada ano que passa, a Internet se torna o cenário perfeito para estimular todo tipo de especulação, debate teórico e discussão sobre o Natal e sobre os valores da fé cristã que, como sempre, continuam considerando a moldura, e não a pintura dentro dela.

Questões históricas, questões de tradução linguística, teorias conspiratórias, ateísmos militantes, católicos versus evangélicos, evangélicos versus espíritas, e aqueles evangélicos mais fanáticos contra o mundo inteiro (se sentindo proprietários da Verdade cristã), e tudo confirma a profecia de Daniel, que declarou que, no final dos tempos, enquanto os entendidos multiplicariam a ciência e os debates, os sábios guardariam silêncio (já que o debate em questão de Fé é algo inútil), e nesse silêncio, eles contemplariam não a moldura, mas a pintura do ensinamento de Cristo, e em vez de coar o mosquito e engolir o camelo, reteriam para si a mais pura, nobre e essencial verdade do ensinamento, aquela que muda o coração, em vez de perder tempo e energia em discussões intelectuais envolvendo pessoas e pensamentos que acham que estão certos sobre a história de Cristo, de 2000 anos atrás, embora não estejam certos de quem eles próprios são e do destino que lhes tocará amanhã.

A arrogância intelectual é sempre um problema, causando cegueira crônica nos entendidos e suas pseudo-verdades defendidas com suas garras, e melhor seria se eles fossem inocentes e humildes como as crianças, estas que, vazias de erudição, apenas aprenderam a abrir os olhos para capturar o essencial da Verdade de um homem, de um deus em carne e osso, de uma força divina em movimento e uma doutrina que, sendo eterna, não precisa de correções ou ajustes na era moderna.
Ela precisa somente de abertura de olhos e de coração para ser compreendida e vivida.

Porque geralmente os que se perdem em labirintos conceituais, vivem o debate apenas no plano teórico da argumentação intelectual, e não se transformam, não mudam internamente, não se tornam pessoas melhores ou mais desapegadas de suas luxúrias e materialismos.
E para eles, a verdade cristã se faz inútil.

Discutem se Jesus era branco ou negro, se Jesus morreu na cruz ou na estaca, se Jesus era humano ou alienígena, casado ou solteiro, ou mesmo se Jesus nunca existiu, inventado pela Igreja Católica (o que já foi negado diversas vezes pelas descobertas da Arqueologia em Israel)… coam o mosquito, mas deixam passar o camelo, porque essa Verdade essencial desenvolvida no cenário histórico de 2000 anos atrás permanece ainda cega aos seus olhos, e incompreendida ao seu coração.

São como aquelas sementes que caem ou nas pedras, ou nas estradas, ou nos espinheiros, e morrem, todas elas.
Mas as sementes que caem em solo fértil são aquelas que encontram olhos puros para compreender e corações humildes para se permitirem transformar pelo poder da Verdade.

Essa Verdade que transcende toda especulação moderna e todo debate cego que só enxerga o contexto da moldura, mas permanece cego para o tema central da pintura, tão linda, tão enfática em sua luz, tão verdadeira em seu silêncio que até hoje perturba e incomoda as mentes mais mesquinhas, as mesmas mentes que aceitam tranquilamente o Natal falsificado dos pés a cabeça que tem Papai Noel como protagonista do festim comercial de todos os anos…

Que nesse Natal, os olhos aprendam a olhar para esta pintura, e que os corações consigam em silêncio encontrar dentro deles a manjedoura que ainda está vazia, a espera do segundo nascimento prometido pela Criança Eterna.

 

JP em 22.12.2019

 

 

Natal Cósmico

A Árvore cósmica de Natal é enfeitada pelas bolas coloridas e brilhantes dos planetas e das estrelas em eterno movimento, porque o Natal no céu dura para sempre.

Todos os átomos da matéria, todos os mundos das estrelas, todas as partes da Grande Ceia Universal cintilam luzes naturais, porque vibram canções de amor fraternal entre si que não podemos ouvir. Seus sinos repicam nas catedrais da vida além da forma, da raiz aos frutos da Árvore da Vida…

Os adornos desta Árvore são criados por todos os Anjos que carregam seus galhos e folhas com celebrações de devoção ao Criador de todas as coisas, cujo amor flui como seiva da Árvore, desde a raiz até as folhas e frutos benditos.

Aos pés desta Árvore são reunidos os presentes que mais agradam ao Pai, que são as boas ações realizadas na Terra pelos homens de Boa Vontade. Os Anjos de Deus também reúnem todas as orações dos filhos de Deus em Terra, e na noite das noites, colocam aos pés da Árvore, para que Deus possa atender seus pedidos sinceros, quando merecidos.

No topo da Árvore, brilha a perene estrela azul da Cristandade, Sirius, a estrela mais brilhante do céu, sinalizando que o nascimento do Cristo deve guiar toda a vida consciente como sua meta mais brilhante, nesta e noutras vidas, neste e noutros mundos, para a sua realização suprema como alvo principal da existência.

Na noite das noites, a Estrela de Belém rasgou o céu tenebroso da desesperança com sua luz, e o Chefe dos Anjos convocou a Milícia celestial para entoar o mais belo cântico que alguém já escutou, tanto na Terra como no céu: o canto de fraternidade e paz entre os homens de boa vontade, neste mundo e em todos os mundos que puderem ouvir a Voz da Luz da Estrela Mãe…

A Luz daquela estrela ensina o verdadeiro caminho a ser seguido nesta vida, que é trabalhar em busca da semelhança com o Filho de Deus em ações e pensamentos, desejos e obras. E ela continua nos guiando para as estradas verticais que conduzem às alturas do pensamento a cada metamorfose de consciência experimentada na senda da perfeição.

E debaixo dessa Árvore, descansa aquele Menino, cuja manjedoura ainda é o coração de cada ser consciente que, neste e em outros mundos, ensina que o Natal significa abrir as portas de sua alma e de sua vida para o Amor Incondicional, que é o Nome desta Criança Sagrada e celebrada em todos os universos paralelos nos sagrados ritos do Natal Cósmico.

Natal significa que sempre podemos renascer a cada novo dia como seres melhores, mais evoluídos em amor, inteligência, desprendimento e compaixão.

E este é o único presente que todo ser realmente consciente do propósito de sua vida na escola da Terra deseja receber nos dias eternos do Natal cósmico!

Porque, se não houver nada disso, o Natal não passará de uma festa comercial morta e um ritual consumista a mais dessa sociedade materialista desenfreada, preocupada somente em comer, beber, em encher a barriga e as mãos de presentes materiais embrulhados ricamente por fora mas destituídos de valor real por dentro, enquanto a alma continua desamparada em alguma ilha perdida de seu adormecimento, e o coração continua ferido por aquele vazio sem explicação…

Sabendo que, na noite das noites, não havia ninguém comendo e bebendo dentro da Manjedoura, mas havia apenas um casal sagrado acompanhado por pastores silenciosos e por anjos louvando a luz do momento, todos eles embalando em suas mãos e em seu coração o raro presente da Misericórdia divina, mais uma vez, entregue ao mundo escravo do pecado, escravidão que ainda não conseguiu abandonar… sem ajuda!

Que neste Natal, toda alma sincera e todo coração puro encontre a Luz daquela estrela e, como os reis magos, siga essa luz até o fim… e encontre como presente aos pés da Árvore da Vida o verdadeiro sentido do nascimento de Cristo dentro de si mesmo!

Aquele presente que Papai Noel algum poderá lhe dar…

Esse é o único presente real e Natal real que merece toda comemoração. Porque é o presente que fica… para sempre!

E quando Deus o depositar junto da nossa Árvore da Vida, nesse dia, tomaremos parte do Natal cósmico na Eternidade.

JP em 24.12.2019

 

 

A mais bela mensagem do Natal

Se há uma cena, uma imagem e uma mensagem que resume o significado do Natal por inteiro, é a cena da Estrela de Belém brilhando sobre a pobre manjedoura do nascimento de Jesus Cristo.

Tudo nessa cena evoca a magia, o mistério e o significado mais transcendental do Natal.

Uma estrela profetizada brilhou sobre uma cidade também profetizada. Uma virgem foi anunciada, e ela conceberia pelo poder das Alturas a nova encarnação de Deus na Terra.

Um Anjo (Gabriel) anunciou aos pastores locais a chegada de Deus na Terra, e depois, convocou a milícia celestial para entoar o canto de Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa Vontade.

De muito longe, três reis magos seguiram a estrela e encontraram a Criança nascida, oferecendo-lhe presentes.

José, o esposo de Maria, com força e nobreza, conduziu a mãe e a criança a salvo pelos caminhos até que ela pudesse dar a luz à Luz do Mundo, a mesma Luz encarnada que a Estrela de Deus anunciou nas alturas, junto com a Música dos Anjos ouvida por todos os que não estavam surdos ao chamado de Amor do Pai e nem cegos à luz de sua Nova Estrela que declarava ao mundo a Sua chegada.

E estes eram os pastores, os pobres, os simples, os sofridos, os desesperançados, os injustiçados, enquanto os reis, os ricos e os abastados estavam em suas casas comendo, bebendo e preocupados somente com suas necessidades.
Estes eram os surdos para o Canto Novo dos Anjos e os cegos para Nova Luz de Deus na Terra.

Então, é preciso fazer dessa Estrela a Luz de nossa busca.
É preciso fazer destes Anjos nossos irmãos maiores nos guiando na escola da Terra.
É preciso fazer dessa virgem e adorável Mãe o sentido verdadeiro de Igreja, de congregação entre os homens.
É preciso fazer dos pastores os nossos irmãos na mesma escola do mundo.
É preciso fazer dos três reis magos cada um de nós mesmos, buscando em vida a luz verdadeira do propósito de estarmos aqui, nesse mundo, e ao encontrá-la, depositar todos os nossos presentes, isso é, ofertar todos os nossos melhores dons aos seus pés.

Finalmente, é preciso fazer da manjedoura o nosso coração, aberta, modesta e humilde para receber o Amor divino, e da Criança que ali nasce, a presença do Amor divino que deve nascer dentro do nosso coração.

Porque não foi pelo poder ou pela sabedoria que Cristo se destacou na História da humanidade, e sim, pelo exercício mais simples e direto do Amor que cura, do amor que ensina, do amor que expulsa o mal, do amor que salva, do amor que guia, do amor que ilumina, do amor que perdoa, e principalmente, do amor que se sacrifica por quem ama, e na força desse sacrifício, reconquista a Presença perdida junto de Deus nosso Pai.

E não foi assumindo o papel de um rei ou a figura de um Anjo que Jesus Cristo se revelou ao mundo, mas antes, assumindo a figura de nosso humilde irmão, que não desceu aqui para nos julgar ou condenar, mas para nos curar e nos salvar com a luz, o poder e o milagre do seu Amor.

Feliz Natal a todos!

 

JP em 25.12.2019

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