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O Segredo dos três símbolos dos deuses do Antigo Egito

Os três símbolos que, unidos, carregam a chave secreta da imortalidade divina no Antigo Egito, segredo esse muito além da suposta tecnologia dos deuses… antes, fala de uma biotecnologia dos imortais, que envolve a recriação da alma a partir da transmutação vital combinada com a expansão da mente!

O que faz o Ankh-Venus nas mãos de todos os deuses do Antigo Egito?

Ankh, (pronuncia-se “anrr” nas línguas semitas como hebraico e árabe a junção das consoantes k e h cria o som de dois r em um fonema a partir da garganta como uma expiração) conhecida também como cruz ansata, era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida. Conhecido também como símbolo da vida eterna. Os egípcios usavam-na para indicar a vida após a morte.

A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

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Isis, Osiris, Toth, Rá, Anúbis, Hórus, Hathor, Maat, enfim, trata-se de um símbolo constante entre os deuses, os portadores da vida eterna.

Por isso, transfere-se automaticamente o significado central do símbolo do Ankh-Vênus, associado ao Touro (o sacrifício do Touro, que significa o corpo) para ceder vida eterna à alma.

O corpo não é a realidade, mas a casca da realidade.
O corpo não é o altar, mas a pedra que mantém a chama do altar acesa.
A chama do altar é a vida.
O corpo é a pedra de apoio da vida.

Os deuses foram humanos que aprenderam a transformar a chama da vida em chama de imortalidade através do código do sacrifício do Touro.

Notando que, no hebraico, o termo ANKI (Anoki) significa EU.

Porque não só o Ankh, mas também outros dois símbolos geralmente associados aos deuses imortais, são comuns na iconografia do antigo Egito:

Was – Ankh – Djed

O Djed e o Was, a coluna e o bastão de poder.

Ao lado do Ankh, formam uma tríade misteriosa cujo significado é a imortalidade dos deuses.

Ankh – Djed – Was

Ptah com os três símbolos acoplados em seu cetro de poder real

E todas estas três partes, vieram do Touro sacrificado, do corpo sacrificado, o que não significa expressamente morte física, mas sacrifício no sentido de refinar as energias instintivas (animais) em energias mentais (abertura da consciência espiritual).
A religião antiga da Pérsia, e os mistérios de Mitra, tinham o sacrifício do Touro em estima, porque o deus Mitra o sacrificava com a espada da palavra.

A espada fere o Touro, e do sangue do Touro, nova vida se produz, e em abundância.
O sacrifício de Cristo na Cruz (uma espada invertida, cravada na Terra) é paralelo a todos estes mistérios.

Mitra, um deus solar, que transforma toda a matéria (o Touro) por meio do Verbo (a espada), produzindo assim a renovação de todas as coisas, e se este é o signo do Universo dinâmico em eterno movimento, deve ser também a senha da Iniciação da alma em corpo físico “enclausurada”, obtendo assim a libertação, não exatamente do corpo, mas dos efeitos da ilusão sensorial do corpo sobre a mente ainda inerte aos mistérios da Luz.

Mitra, o deus solar e o paralelo com o sacrifício de Cristo na Cruz, corpo sacrificado para que a luz da renovação do sangue (nova aliança) cobrisse a Terra

Não faltavam os sacrifícios de touros, vacas e novilhas na cultura judaica (ainda existem) bem como entre os mitos da Grécia clássica.
Em Atlântida, os sábios do passado mencionaram que o deus tutelar daquele continente, Posseidon, era servido e honrado com sacrifícios de touros.

Touro é o segundo signo do Zodiaco, e nas casas de interpretação, a Casa II equivale a bens e propriedades.

Touro, regência terrestre (física) de Vênus, cujo símbolo é paralelo ao Ankh egípcio

Bem, Touro, dentro desta simbologia, nos dá a nossa propriedade mais importante: o corpo físico vivo, para a alma nele habitar.

Mas, como tudo o que é material se corrompe no mundo da forma passageira, com o corpo não é diferente, e a menos que o submetamos aos sacrifícios diários de uma vida sóbria e modesta, fazendo da temperança e do equilíbrio a nossa medida em todas as ações e pensamentos, esse Touro tende a se transformar em um Minotauro devorador de nossa juventude (os jovens que eram dados ao Minotauro por sacrifício em seu labirinto).

O minotauro trancafiado no labirinto de Dédalo é a nossa prisão mental ao vício, aos impulsos instintivos que nos escravizam com suas paixões, excessos e transbordamentos, tão negativos tanto para a saúde do corpo como para o equilíbrio da mente.

O corpo é humano, mas a cabeça é de Touro, o que significa que o instinto comanda o corpo, e o desejo animal, e não a razão, estão no controle da vida.

E o labirinto significa estar perdido no meio da existência sem saída, sem direção, sem rumo, sem sentido, sem propósito, dando voltas e mais voltas sem sair do lugar, sempre prisioneiro da pior de todas as prisões e escravo da pior das escravidões: a prisão do ego e a escravidão dos desejos… até que o herói solar, na alma do Iniciado, qual Teseu, penetra corajosamente nesse labirinto, um símbolo clássico das jornadas do auto-conhecimento, encontrando e destruindo o inimigo devorador de sua vitalidade e consciência, não fora, mas dentro de si mesmo, nos profundos labirintos de sua mente perdida nos muros que a ilusão constrói diariamente com as projeções da existência material irreal e passageira lá fora…

Mas os humanos (iniciados) que se aproximaram dos mistérios de Isis, estes conheceram o segredo das três partes sagradas do corpo do Touro sacrificado, um código de iniciação nos mistérios do Kundalini e da sublimação das energias dentro da cultura egípcia de caráter hermético-ocultista.

O Ankh, símbolo da vida, vértebra torácica de um touro (visto em corte transversal);

O Djed, símbolo da estabilidade, a coluna vertebral de um touro;

O Was, símbolo do poder e dominação, o pênis seco de um touro símbolo da deusa Wosret ou Wasret.

Isso tudo nos liga a outra importante divindade, Ápis, e em Ápis, temos o inverso do Minotauro, quando então o Sol brilha na mente em função do sacrifício ou sacro-ofício assumido da transmutação dos instintos e das viagens exploratórias do auto-conhecimento:

Na antiga religião egípcia Ápis (Hapi-ankh) é a personificação da Terra.

O “morto-vivo” (Osíris) encarnou num touro branco sagrado. Era o touro de Mênfis. Simbolicamente representado como um touro negro com um triângulo branco na testa e o disco do sol entre os chifres.

Seu culto está associado com Ptah.
Ptah é uma divindade muito antiga no Egito, tanto que o nome egípcio daquele país, em idioma egípcio, é
Het-Ka-Ptah: A casa do Ká (corpo astral) de Ptah, nome esse transformado em Egito nas traduções dos idiomas.

HET KA PTAH, a Casa do Ka de Ptah, a origem do nome do EGITO em hieróglifos antigo

Ptah (outro nome divino com quatro letras, à imagem e semelhança do IHVH hebreu) é sim, uma divindade similar ao Jeohva hebreu, criador da humanidade, algo paralelo ao Enlil sumeriano.

Ptah diante de Ápis

Mas as relações não deixam sombra de dúvida, e a alegoria do sacrifício do Touro ou do controle do Touro em montaria (aliás, um símbolo zen-budista conhecido) é certamente a mensagem do controle da mente sobre o corpo, e do controle do pensamento sobre os impulsos instintivos de nossa natureza animal, porque o núcleo da energia instintiva reside exatamente no terminal inferior do Djed, a coluna vertebral, onde repousa Uraeus, a serpente de fogo que deve subir até a cabeça e coroar o chakra aberto dos Iluminados (Sahasrara).

Uraeus, serpentes de fogo na coroa do faraó

Essa é a leitura do Kundalini dos sacerdotes egípcios do passado, em toda aquela literatura do retorno á vida e imortalidade do faraó morto, à imagem e semelhança do próprio Osíris.

Mas se a serpente dos instintos dominar a mente, então o corpo físico (o Touro) será entregue a uma vida de dissipações e excessos, confirmando a cada passo dessa via de extravios a morte que lhe aguarda. A imortalidade, como oposto da morte, é uma questão de reverter o processo do pecado original em busca da virtude original, e se o pecado original é a luxúria, por dedução pura e simples, a virtude original é a castidade, a pureza, e se o iniciado impregnar sua mente com essa energia, então, por reflexo, seu kundalini despertará, dentro das práticas disciplinares que visam criar um sistema contínuo de transmutação dentro do organismo, culminando no florescer dos sete chakras, janelas que se abrem para novas percepções a alimentar a consciência do iniciado na direção de um segundo nascimento.

Ptah na forma de um deus mumificado para a ressurreição, portando o bastão com os três símbolos integrados

E se Isis é sua mãe nesse novo parto de luz, o seu mentor será Toth-Hermes, aquele que escreveu todos estes mistérios, os mesmos mistérios tão estudados pelos gregos, pelos gnósticos e pelos monges iniciados do passado, codificando tudo para as gerações futuras na pedra e no segredo do símbolo.

Ankh + Djed + Was = Vida Eterna, Imortalidade.

(Palavra criadora +
Energia Mental circulante +
Instintos transmutados)

E o que o cinzel escreveu na pedra, a língua deve calar no coração.

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JP em 15.06.2019

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