Ciência

Estagnação científica e a verdadeira ciência

17 Jan 1931, Pasadena, California, USA — Theoretical physicist Albert Einstein writes a complicated equation on a blackboard. He is at the California Institute of Technology for a lecture being given by Swedish astronomer Dr. Gustave Stromberg. 
Uma dedução simples nos permite compreender os motivos da atual estagnação da ciência, ou melhor, do método científico, e ela nos leva a diminuição gritante da inspiração científica. No passado, não havia tanta tecnologia disponível, o que obrigava os cientistas a usarem mais o pensamento e a intuição inspirada para direcionar suas pesquisas e aclarar suas descobertas.
No passado, eram eles obrigados a usarem suas próprias MENTES como principal laboratório de pesquisa, seus dispositivos naturais de criatividade, visualização, reflexão… seus sentidos apurados, sua imaginação… sim, mas na era moderna, a carga tecnológica está tornando a mente por demais acomodada, letárgica, atrofiando-a em seus dons naturais…
A ciência verdadeira deseja medir, pesar, mensurar os fenômenos do universo através de seus métodos, buscando compreendê-los na forma de leis verificáveis, calculáveis, previsíveis… porém se esquece que o melhor laboratório para se fazer tudo isso ainda é o cérebro, aquele que coloca sempre um observador consciente por detrás de um telescópio, de um microscópio, de um radar… e é isso o que está faltando… esse cérebro consciente, essa mente criativa, intuitiva, imaginativa, por trás de toda essa carga tecnológica… a maioria dos cientistas atuais está querendo transferir à parte mecânica da observação o ônus da prova e da descoberta, e não à parte cognoscitiva da mesma observação.

Em outras palavras, para resumir tudo isso, o atrofiamento dos poderes mentais pelo uso excessivo da tecnologia é a principal causa da estagnação científica. Telescópios mais potentes não ampliam a compreensão. Microscópios mais penetrantes não melhoram a intuição. Dados mais precisos não excitam a imaginação.

Se a ciência moderna não procurar por esse resgate do antigo estilo de se fazer ciência, não com os olhos, mas com o coração, com o espírito vivo do cientista apaixonado na busca por respostas, ela se tornará prática morta, que apenas coleciona dados mas sem poder algum para concluir respostas lúcidas sobre estes dados coletados.
Ou seja, terá olhos para ver, mas não verá.
Terá ouvidos para ouvir, mas não ouvirá…

O resgate da definição do pensamento consciente como uma onda capaz de interagir com os domínios quânticos do Universo sensível nos leva a uma reformulação tão avançada e, ao mesmo tempo, tão antiga da Ciência como ato ou efeito da observação como co-participante de todos estes mesmos fenômenos do Universo, e não somente na forma de um ponto estático, distante e indiferente aos mesmos fenômenos que observa.

A Teoria da Relatividade, em suas últimas e desconhecidas consequências, já não permite um ato observacional desta natureza, sem envolvimento, sem co-participação, e me desculpe o paradoxo do elétron, nada ou ninguém é ilha dentro do Cosmos. Estamos todos trocando informações e influências com todas as coisas, meçamos isso, compreendamos isso ou não. Afinal, o que é Cosmos, pela sua própria definição, senão que o Tudo Integrado em si mesmo? Inclusive a mente do observador.

Somos todos nós pontos conscientes inseridos num Universo do qual somos parte ativa e indivisível, inseparável, procurando abrir nossas espirais de consciência para níveis mais e mais evoluídos de integração (o que busca todo Religare legítimo).

O Universo sequer existiria se não houvesse uma consciência presente para observá-lo.

Isso é Ciência. E o seu melhor instrumento é a mente, o pensamento inteligente, criativo, consciente, através do qual não só podemos observar um fenômeno como também tomar parte dele.

Afinal, não foi com um pensamento deste tipo que Einstein viajou em um raio de luz para desvendar a Cosmologia Relativista?

A Física Quântica é o elo perdido entre o mundo material e o universo mental. É a ponte de conexão entre os fenômenos da matéria e a energia psíquica do universo. Isso explica porque os cientistas do passado, usando mais mente e menos aparatos tecnológicos, conseguiam, mesmo sem perceber, penetrar com seu pensamento nos domínios quânticos dos fenômenos, interagindo com os mesmos fenômenos através do pensamento inquiridor e assim fazendo brotar as respostas como que num lampejo fulgurante de intuição que não sabiam donde vinha, mas que agora sabemos… vinha de uma espécie de sintonia entre a mente deles, o pensamento deles, e os fenômenos estudados, lá nos domínios quânticos interagindo, falando com a mente deles…

A tal busca pelo Graal da Física, aquela Teoria de Tudo ou Grande Unificação, que Einstein já vislumbrava quando propôs a Teoria do Campo Unificado. Essa visão já começava a embrionar na mente dele, mas não teve tempo para desenvolvê-la, a roda fatal veio antes e o levou, mas deixou seguidores, deixou discípulos, deixou cientistas com este espírito, esta intuição, esta imaginação, de perguntar a si mesmo: Como se me apresentaria o Universo se eu pudesse observá-lo naquele plano onde todas as coisas estão unificadas?

A ciência, por enquanto, está olhando de baixo para cima, e através de fragmentos, quer compreender o Todo, como se o Todo fosse uma questão de juntar os pedaços.

E nisso, me lembro do que disse Aristóteles:

“O Todo é maior do que a simples soma de suas partes”


Então, acredito que só compreenderemos todas estas coisas que você listou, como buracos negros, gravidade, matéria escura, energia escura, anti matéria, tempo e espaço, não olhando de baixo para cima, do nível fragmentário para o nível totalitário. Mas justamente pelo lado oposto.

No centro de tudo.

O problema é quando, não a ciência em si mesma como ofício, mas certa categoria de cientistas prepotentes usa de argumentos científicos ou de autoridade por trás de um diploma e de um Dr. para anular ou ridicularizar mistérios, enigmas e outros limites para o conhecimento humano, colocando em tudo isso o rótulo de crendice, fantasia ou delírio humano.

Ela deveria se limitar a dizer somente: isso não está ao alcance de nossa ciência atual responder (sim, porque existem outras ciências, outras metodologias ainda não conhecidas).

É só esse o problema. Na Ufologia é o que mais existe.

UFOs? Não existem… crendice popular, fantasia das massas… é o que muitos pseudo-cientistas dizem.

Pra mim, essa classe só demonstra a própria estupidez.

A ciência tem diante de si apenas a visão do horizonte até onde chegou a sua vista.

E deve ser humilde para reconhecer que há muito além deste horizonte que ela ainda não viu, e que pode receber todos aqueles mistérios desconhecidos por ela rotulados previamente.

JP em 02.02.2019
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