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As origens do símbolo do cifrão para o dinheiro

 

 

 

 

O símbolo do CIFRÃO, que faz associação imediata ao dinheiro, tem origens nebulosas, não totalmente determinadas.
“A hipótese mais aceita da origem desse símbolo mistura a história das incursões árabes na Europa com a mitologia grega. Para realizar um de seus famosos 12 trabalhos, o herói Hércules teria rachado uma montanha ao meio, ligando o Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico. As colunas resultantes dessa separação foram batizadas Colunas de Hércules. Quando, no ano 711, o general Djebel-el-Táriq conquistou a Espanha, mandou gravar em moedas uma linha com a forma da letra S, representando o caminho sinuoso percorrido até a conquista.
Essa linha foi cortada por dois traços verticais e paralelos para simbolizar as Colunas de Hércules, ícone de poder, força e perseverança.”
(***)

Mas eu particularmente discordo dessa teoria, analisando um importante conjunto de símbolos do mundo antigo de caráter recorrente em diversas culturas, com ligeiras variações. Se partirmos de que o termo “Cifrão” vem do árabe, sua explicação não é satisfatória: Do Árabe SIFR, “nada”, literalmente “vazio”, de SAFARA, “esvaziar”. Cifra tem a mesma origem.

Dinheiro e valor monetário associado a termos “vazio” e “nada”? Incongruente, para dizer o mínimo. Mas, se olharmos o símbolo do cifrão e compararmos a antigos signos de poder dos “deuses”, veremos incríveis ressonâncias.


Primeiro, Moisés construiu uma serpente de bronze (ou cobre) e a hasteou numa vara, para curar os israelitas no deserto (bronze, cobre e prata foram metais largamente empregados no passado e até nossos dias para cunhar moedas). Desse simbolo veio o logotipo da Enfermagem, e a própria insígnia da Medicina, o caduceu de mercúrio, onde vemos duas serpentes subindo uma vara e gerando um tipo de energia resultante.

Temos a letra S de Serpente (ou serpentes) e uma ou duas varas sobre as quais elas ascendem, gerando alguma forma de energia e poder. São os mesmíssimos ítens do símbolo do Cifrão.

Olhemos outros deuses. Hércules, ao nascer, estrangulou duas serpentes, uma em cada mão. E era o semi-deus mais forte do Olimpo.
Também é associado ao mito das duas colunas, como Sansão, o Juiz 11 de Israel, que destruiu as duas colunas do templo filisteu de Dagon e libertou os hebreus.

A deusa cretense segura uma serpente em cada mão, e Osíris, traz dois bastões cruzados sobre o peito.

Há uma famosa pintura ou inscrição rupestre na Inglaterra, chamado The Long Man, em Wilmington. Ele segura duas grandes hastes, formando o número 11 (duas colunas, torres gêmeas e o poder do Capitalismo).

São estes e muitos outros símbolos paralelos do mundo antigo que nos fazem pensar nas origens do dinheiro como uma forma de poder antigo, usado para o bem ou para o mal, para curar ou para escravizar, egrégora circulante capaz de capturar a alma do povo, que era de conhecimento dos deuses, associados a serpentes e a uma vara sobre o qual ela ascende.


Sei que muita gente pensou no Kundalini, e se até Jesus deu respaldo a isso, dizendo “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, importa que o Filho do Homem seja levantado”, o que poderíamos concluir a respeito desses segredos da Serpente, maldita desde o Éden, a grande tentadora da carne e dos desejos materialistas mas… também, a fonte de cura, poder e liberdade, quando, bem empregada, despertava o homem para a Verdade de tudo?
Bem, na concepção dos magos antigos, o homem que levantasse a serpente na coluna vertebral e abrisse no cérebro os chakras e olhos/sentidos ainda cegos em nossa natureza, se fazia rei sobre os homens comuns.

E esse poder era a sua riqueza, o seu dinheiro, o seu verdadeiro capital cósmico. Daí as conexões com o atual cifrão e o sentido desvirtuado para a natureza material da vida, posses. Mas não era esse o sentido antigo da serpente na vara. Era o poder. O poder do domínio.
Interessante reparar que o signo oitavo, Escorpião, é o que se associa aos mistérios do sexo e do ocultismo relacionados ao Kundalini, e além de ser uma casa de poder, está a casa VIII relacionada a dinheiro (e aliás, o número 8 foi transformado em símbolo de prosperidade material em nossa cultura moderna).

O poder do controle, do autocontrole dessa fonte misteriosa de energia associada ao símbolo da serpente que, se erguida, transmutada e elevada pela coluna ao cérebro, abre o poder real e perdido do homem e o converte num deus.
Os pantáculos
Antigos medalhões usados pela Alta Magia para invocar os espíritos benfazejos do Universo, continham, como uma moeda, cara e coroa, e traziam, de um lado, a identidade do anjo ou gênio invocado e, do outro, os valores e atributos associados ao Anjo ou gênio. Geralmente cunhados em metal precioso ou desenhados em pergaminhos.
A origem das moedas?
Certamente!
Se diz que Salomão elevou o uso dos pantáculos aos mais altos níveis da Magia Branca, e com o tempo, o conhecimento dos pantáculos foi transformado em moedas usadas para circular valores monetários entre os povos, e em vez de anjos e gênios do céu, passaram a ilustrar a face de reis e líderes das nações, suas datas, seus eventos, sua identidade mundana.

A magia dos pantáculos e o valor do alto conhecimento foram corrompidos com o passar do tempo em um simples sistema materialista ilusório de finanças, base da tal economia mundial, suas bolsas, ações, valores, ouro, metais, dólar, investimentos, fundos, bitcoins etc…
Para os antigos, o conhecimento era o real tesouro, e se as simbologias do ouro e riquezas de Salomão enchem os olhos dos falsos religiosos com uma cobiça satânica por dinheiro, precisamos saber que a verdadeira riqueza de Salomão, ilustrada simbolicamente na Bíblia, nunca foi ouro ou dinheiro, mas Sabedoria divina. E por acréscimo é que então, para exercer um bom reinado, as riquezas materiais lhes foram acrescentadas, mas em estado de isenção de cobiça alguma.

Infelizmente, o maior tesouro, o conhecimento, está sendo deturpado e trocado por coisas de menor valor. Ou de valor deturpado. Uma pena.
Mas o conhecimento legítimo é eterno, é como o diamante, dura para sempre. Sempre haverão olhos despertos a reconhecer o valor da pedra e conservá-la bem guardada.
JP em 08.09.2019
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