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A Redenção do Amor

Platão, em seus escritos, dizia que a humanidade já foi andrógina, completa, duas metades de corpo e alma unidas, e detinham o poder, a consciência e a imortalidade. Mas quando a humanidade desafiou os deuses, desonrando as suas leis, então foi separada em duas metades incompletas que receberam por penitência buscar uma pela outra na eternidade das reencarnações sem fim, usadas por Deus então para nos ensinar outra vez como amar de verdade sem deixar que o orgulho pessoal traísse o outro coração de quem amamos, e com isso, desonre a maior de todas as leis do Universo: a Lei do Amor. O orgulho foi o primeiro pecado dos Anjos, que caíram justamente por permitir que o seu amor-próprio falasse mais alto em seu coração que a lei da partilha eterna que define o próprio paraíso.

E durante a procura, os corpos dos humanos mortais tentando compensar no sexo o que lhes faltava no coração, ainda teriam muito o que aprender e sofrer para finalmente discernir que tudo o que fazem exceder na carne (luxúria) jamais poderia compensar tudo o que lhes faltava na alma, porque se a lei do corpo é o prazer passageiro, a lei do coração é o amor duradouro, e quando finalmente percebessem que os delírios da carne eram exatamente aqueles pecados que feriam a lei do amor no espírito, atraindo sempre a mesma roda fatal chamada Morte em todas as suas vidas, nesse dia, estariam prontos para reconhecer o amor verdadeiro além de toda carne corruptível e toda aparência ilusória, amor resgatado em todas essas amargas experiências, porque sua consciência já não estava mais na carne e no vício do prazer, e sim, no coração e no dom de amar.
Finalmente, o Amor os redimiu.

Muitas foram as existências repletas de sofrimento e retornos ao ponto de partida até que esse dia finalmente fosse marcado na eternidade como o primeiro dia da redescoberta do amor verdadeiro, aquele amor que torna dois em UM, e aquele amor que leva UM a Deus.

E saiba que os ventos do Universo sempre sopram a favor das jornadas do amor…

JP em 25.01.2020

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